Áñez diz que Morales não pode ir para quarto mandato e pede mais candidatos

“Embora estejam incitando a violência, esse governo de transição garantirá ao povo a convocação de eleições nacionais com candidatos probos, candidatos transparentes"

15 de noviembre de 2019 4:17 PM Actualizado: 15 de noviembre de 2019 4:17 PM

Por Anastasia Gubin, Epoch Times

A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, pediu nesta quinta-feira (14) aos apoiadores do Movimento ao Socialismo (MAS) que procurem candidatos para representá-los nas próximas eleições presidenciais, lembrando que Evo Morales não está habilitado.

«O que eu sugiro ao MAS é que, a partir de agora, eles têm todo o direito de participar de eleições gerais, então que comecem a procurar candidatos, porque Evo Morales não está qualificado para um quarto mandato», disse Áñez, observando que a nomeação de Morales em 20 de outubro foi o que gerou a convulsão no país. A presidente fez essas declarações porque a constituição boliviana não permite um quarto mandato.

Áñez explicou que o ex-vice-presidente Álvaro García também não está autorizado a concorrer a um quarto mandato.

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De acordo com o informe preliminar da Organização dos Estados Americanos (OEA), de 23 de outubro, a candidatura do ex-presidente Morales nas eleições presidenciais de 20 de outubro de 2019 ignorou completamente os limites de reeleição previstos na constituição.

Ele também diz que Morales ignorou a vontade popular expressa no referendo de 21 de fevereiro de 2016, no qual a maioria do eleitorado negou ao presidente a possibilidade de concorrer a um novo mandato.

O partido MAS argumentou perante os observadores da OEA que eles haviam vencido as limitações através de uma decisão do Judiciário.

Na noite de quinta-feira, o governo interino da Bolívia e os membros do MAS se reuniram em uma sessão do Senado e chegaram ao acordo de promover novas eleições e resolver a crise política do país. Agora só faltam os candidatos.

Monica Eva Copa Murga, da bancada do MAS, foi eleita em 14 de novembro como presidente do Senado tendo em vista o vazio deixado em 9 e 10 de novembro, devido às renúncias dos membros do governo de Morales e senadores do MAS.

«Quero dirigir-me a todas as instituições para que possamos trabalhar juntos no avanço do nosso país, estamos passando por um momento difícil, mas seremos capazes de lidar com isso se estivermos todos unidos, vamos nos despojar de cores e posicionamentos radicais, porque nosso país agora precisa de paz», afirmou Copa, segundo o jornal Página Sete da Bolívia.

Eva Copa lidera o Senado juntamente com o primeiro vice-presidente, Pedro Montes González, do MAS, e Carmen Eva Gonzales, da União Democrática, como segunda vice-presidente.

«Hoje é um dia histórico em que conseguimos chegar a um acordo entre a oposição e o governo com o único objetivo de realizar novas eleições o mais rápido possível, pacificar nosso país e, acima de tudo, defender a democracia», afirmou Copa, de acordo com a agência Reuters.

Añez havia argumentado que, se um acordo não fosse alcançado, elea procuraria mecanismos legais para realizar eleições democráticas.

“Se a Assembléia, ou o MAS não quiserem dar essa certeza ao país, isso é com eles e sua consciência. Eles vão dar uma resposta aos bolivianos de não quererem fazer parte dessa situação, e nós a levaremos adiante, quer queiram ou não”, afirmou Áñez, segundo o comunicado do Tierra Plus, em uma coletiva de imprensa anterior.

“Embora estejam incitando a violência, esse governo de transição garantirá ao povo a convocação de eleições nacionais com candidatos probos, candidatos transparentes. Se eles não quiserem fazer parte, procuraremos os mecanismos necessários, o país precisa ter a segurança de que as eleições serão realizadas”, afirmou a presidente.

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