Após incidente em refinaria, sete são acusados de terrorismo e insurreição

Por EFE
20 de Noviembre de 2019 7:17 PM Actualizado: 20 de Noviembre de 2019 7:17 PM

La Paz, 20 nov – O Ministério Público acusou sete pessoas de terrorismo e insurreição nesta quarta-feira por derrubarem um muro de uma refinaria na Bolívia, após confrontos que terminaram com seis mortos por disparos das forças da ordem.

Os confrontos ocorreram um dia antes, na cidade de El Alto, em uma refinaria protegida por militares e policiais. Em frente ao local havia um protesto de grupos contrários à presidente interina do país, Jeanine Áñez.

ACUSAÇÕES GRAVES

O órgão iniciou uma investigação na qual acusa sete pessoas “pela destruição e queda do muro” da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).

“Inicialmente, o ato foi tipificado como a destruição da propriedade estatal e da riqueza natural”, mas “dada a magnitude do dano”, a investigação foi ampliada para o crime de terrorismo, explicou o Ministério Público em comunicado. Na Bolívia, as penas para este crime vão de 15 a 20 anos de prisão, que podem ser somadas a outras penas.

Essas pessoas também são acusadas de insurreição, que pode acarretar penas de um a três anos de prisão, de instigação pública à prática de crimes e de ataques à segurança dos serviços públicos.

“Eles teriam causado destruição e incitado à queima e ao saqueio das instalações públicas da YPFB na zona de Senkata, El Alto, quando foram detidos por policiais”, segundo a Procuradoria-Geral da República.

Os tumultos ocorreram quando militares e policiais escoltaram comboios de caminhões-tanque para abastecer a cidade vizinha de La Paz, onde o combustível está escasso.

O governo interino de Áñez acusa grupos subversivos de promover a insurreição no país com protestos violentos a favor de Evo Morales. Já testemunhas acusam as forças da ordem de atirar impunemente contra os manifestantes.

GOVERNO NEGA TIROS DE MILITARES

O ministro da Defesa interino, Fernando Lopez, disse na noite de segunda-feira que os militares não atiraram, enquanto os que protestavam os acusavam de usar armas letais. López advertiu que os confrontos poderiam ter terminado em tragédia caso de tanques de gás e outros combustíveis explodissem.

Trinta pessoas já morreram em diferentes incidentes da grave crise que atravessa a Bolívia, que começou depois das eleições de 20 de outubro, enquanto o número de feridos é 775, segundo a Defensoria do Povo.

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