Argentina: plano econômico do novo presidente choca Congresso

“Sempre que alguém toma esse tipo de decisão, o povo fica com raiva. Mas o que eles precisam entender é que o objetivo é trazer de volta a ordem para a economia argentina”

Por Voice of America
21 de Diciembre de 2019 2:22 PM Actualizado: 21 de Diciembre de 2019 2:22 PM

Em meio a protestos, questionamento e negociações com a oposição, sindicatos e até empresários, o presidente Alberto Fernández tenta aprovar no Congresso um plano de emergência para enfrentar a crise econômica e social pela qual a Argentina está passando.

Discute-se o congelamento de taxas de serviço, a negociação da dívida externa com o FMI, impostos, taxas de exportação, restrições de gastos em dólares, aposentadoria, planos sociais e salários.

Nas ruas, vários setores já alertam que o novo governo não pode receber superpoderes.

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“Estou cansada dos políticos, só o que eles fazem é sacrificar o povo, e eles não fazem absolutamente nada, eles ganham as eleições e depois nos pedem para que façamos esforços para ajudar os pobres. Que deixem eles os seus privilégios”, disse uma argentina consultada pela Voz da América.

Enquanto isso, o presidente Fernández disse que “é lógico que alguns ficarão bravos, porque vão ter que pagar impostos aqueles que ganham mais”.

“Sempre que alguém toma esse tipo de decisão, o povo fica com raiva. Mas o que eles precisam entender é que o objetivo é trazer de volta a ordem para a economia argentina”, afirmou o presidente.

Deputados da oposição, como Romina Del Pla, do Movimento de Esquerda, já anunciaram que não apoiarão o Poder Executivo, porque “grandes empresas continuarão se beneficiando”.

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