Centenas de cidades do mundo se unirão em protestos contra Nicolás Maduro (Vídeo)

O chavismo também convocou manifestações para o fim de semana em apoio ao ex-presidente boliviano Evo Morales

14 de Noviembre de 2019 1:44 PM Actualizado: 14 de Noviembre de 2019 1:44 PM

Por VOA

Pelo menos 97 cidades ao redor do mundo estão preparando diferentes manifestações para o próximo sábado, 16 de novembro. O objetivo dessa mobilização, cujo lema é “Desperta Venezuela”, é protestar contra a ditadura comunista de Nicolás Maduro e exigir uma solução para a grave crise política, social e humanitária na região.

Óscar López, diretor da organização “Venezuelanos no Mundo”, ligada ao escritório do Serviço de Relações Exteriores do governo do presidente encarregado Juan Guaidó, destacou a importância “do compromisso e responsabilidade” de todos os venezuelanos em apoiar todos aqueles que “estão sofrendo as consequências” dessa situação no país.

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“Mobilizações estão sendo organizadas em todo o mundo para apoiar o povo venezuelano em sua reivindicação e demanda contra o regime usurpador para cada uma de suas necessidades”, disse o porta-voz.

Segundo ele disse durante uma coletiva de imprensa em Miami (Flórida), esta convocação “busca que todo venezuelano, onde quer que esteja, possa se organizar e participar no sábado, 16 de novembro”.

Exigência pelo imediato “fim da usurpação” de Maduro

Os protestos pretendem exigir em todo o mundo “o fim da usurpação” do regime Maduro, mas também “denunciar todos os problemas e necessidades” que muitos cidadãos agora têm no país como resultado desse cenário.

O protesto “Desperta Venezuela”, que ocorrerá em Miami no sábado, das 10 às 13 horas, em frente ao antigo consulado da Venezuela – fechado há vários anos pelo então presidente Hugo Chávez -, pretende unir organizações venezuelanas e entidades independentes, além de partidos políticos como o Vontade Popular ou Primeiro Justiça.

“Estamos muito felizes aqui em Miami, como em todas as cidades, porque houve uma união completa entre todas as organizações civis e humanitárias, além de grupos universitários”, acrescentou ele, convidando todos a participar desta chamada.

Mobilização mundial

Cidades como Roma (Itália), Madri (Espanha), Tel-Aviv (Israel) ou Los Angeles (Califórnia) serão algumas das quase cem cidades ao redor do mundo que realizarão tais protestos.

Por sua vez, o presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, pediu uma manifestação nacional para mostrar que o regime de Maduro tem “medo de mobilização nas ruas”.

Manifestação na Colômbia

De Bogotá, o deputado exilado Winston Flores enfatizou a importância da convocatória porque “depende de todos, porque todos juntos é que vamos alcançar cada um dos objetivos”.

Ele explicou que o objetivo das manifestações é reivindicar a saída proposta pela Assembleia Nacional, de conseguir que sejam realizadas eleições livres.

“Este apelo é para que aconteça uma revolta popular na Venezuela dentro da estrutura constitucional e, é claro, com o apoio de todos vocês, sua Assembleia Nacional, e do presidente encarregado Juan Guaidó”, disse Flores.

A manifestação em Bogotá será às 15h em Carulla, ao norte da cidade. Segundo o parlamento, venezuelanos também participarão nos EUA, México, Brasil, Argentina, Chile, Espanha, França, Lituânia e Hungria, entre outros países.

“É preciso tomar uma atitude. Só nos resta que se levantem os venezuelanos para fazer as coisas acontecerem”, afirmou o parlamentar.

O congresso venezuelano concordou na terça-feira em apoiar a convocação para este sábado. O chavismo também convocou manifestações para o fim de semana em apoio ao ex-presidente boliviano Evo Morales.

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