China nega que 1ª fase de negociações comerciais com os EUA esteja em perigo

Por EFE
21 de noviembre de 2019 6:54 PM Actualizado: 21 de noviembre de 2019 6:54 PM

Pequim, 21 nov – O regime chinês negou nesta quinta-feira que as negociações com os Estados Unidos, para ratificar a primeira fase de um pacto que reduza a guerra comercial entre os dois países, corra perigo e garantiu que os dois lados seguem em contato constante.

«No momento, não há mais detalhes para oferecer sobre o acordo, mas os rumores que surgiram sobre o tema não são precisos», garantiu, em entrevista coletiva, o porta-voz do Ministério de Comércio do país asiático, Gao Feng.

O representante da pasta parecia responder ao presidente dos EUA, Donald Trump, que vem se mostrando pessimista sobre as conversas, ao afirmar que a China não está cedendo. O chefe de governo americano ainda afirmou que, sem acordo, aumentará ainda mais a taxação sobre os produtos chineses.

«As duas partes seguem abordando, de forma construtiva, as preocupações centrais de cada um, sobre a primeira fase e seguirão conversando», explicou o porta-voz, sem dar mais detalhes.

No entanto, a falta de perspectivas sobre um pacto concreto entre China e EUA, afetou as bolsas de valores asiáticas, com a de Hong Kong apresentando queda de 1,57%; a de Seul, de 1,35%; e a de Tóquio, de 0,48%.

No último sábado, negociadores chineses e americanos conversaram por telefone, mas não foi divulgado o conteúdo dos diálogos.

A complexidade das negociações está sendo deixado clara no constante cruzamento de declarações entre as partes, inclusive, com versões contraditórias, em alguns momentos.

O Ministério do Comércio da China divulgou no começo do mês que havia chegado a um acordo com Washington para retirar, em fases, as imposições que foram impostas por ambas as partes durante a crise. Dias depois, o próprio Trump esfriou as ambições, ao restringir os avanços.

A guerra comercial, que acontece por meio de sucessivas altas tarifárias pelos dois países, nos últimos dois anos, teve o capítulo mais recente em 1º de setembro, com a entrada em vigor de uma alta de 10% para 15% sobre as importações chineses, totalizando US$ 112 bilhões.

Há uma nova subida programada, também de 10% para 15%, nos produtos não incluídos no primeiro pacote, em medida que poderia alcançar a cifra de US$ 300 bilhões.

A crise entre China e EUA, além disso, tem consequências globais. Em julho, o Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou as projeções de expansão para 3,2% neste ano, um décimo a menos do que apontava em abril.

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