Coreia do Norte responde a advertências de Trump: «Nada a perder»

Por efe
09 de diciembre de 2019 7:33 PM Actualizado: 09 de diciembre de 2019 7:33 PM

Seul, 9 dez – Um funcionário de alto cargo do regime norte-coreano respondeu nesta segunda-feira às últimas advertências feitas no fim de semana pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ressaltou que a Coreia do Norte não tem «nada a perder».

Kim Yong-chol, que foi diretor de Inteligência do regime e esteve à frente do debate sobre armas nucleares com os americanos, assinou um comunicado divulgado pela agência «KCNA» que responde aos comentários de Trump.

No sábado, depois que o embaixador norte-coreano da ONU, Kim Song, deu por interrompido o diálogo de desnuclearização, Trump disse aos jornalistas que a Coreia do Norte não deveria tentar interferir nas eleições presidenciais dos EUA, em novembro de 2020.

No domingo, Pyongyang anunciou um «teste importante» em um centro de desenvolvimento de mísseis (provavelmente testou um novo motor de projétil, como mostrado hoje por fotos de satélite) e Trump, via Twitter, avisou que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, perderá «tudo» se agir de forma «hostil».

«Há tantas coisas que Trump não sabe da Coreia. Não temos nada a perder. Dá para ver que Trump está muito nervoso. Pode ter chegado o momento em que vamos chamá-lo de ‘velho senil em sua senilidade’ outra vez», disse Kim Yong-chol em referência à troca de insultos entre o presidente americano e o regime em 2017, antes da aproximação do ano passado.

Kim acrescentou que a Coreia do Norte «não pode esconder a decepção» e recordou que Pyongyang deu a Washington um prazo até o fim do ano para fazer uma nova proposta para desbloquear o diálogo sobre a desnuclearização.

As negociações foram bloqueadas desde a fracassada cúpula de Hanói em fevereiro, na qual Washington considerou insuficiente a oferta norte-coreana para desmantelar seus ativos nucleares e se recusou a suspender as sanções econômicas.

Desde então, a Coreia do Norte realizou 13 testes de mísseis de curto alcance, além do misterioso teste do fim de semana passado, e aumentou gradualmente a dureza das mensagens à Casa Branca.

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