Em oitavo dia de protestos, manifestantes tentam invadir Congresso do Chile

Chilenos foram detidos pela polícia com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água; edifício teve que ser evacuado

Por Diário do Poder
25 de octubre de 2019 6:27 PM Actualizado: 25 de octubre de 2019 6:27 PM

No início da tarde de hoje (25) manifestantes tentaram invadir o Congresso Nacional chileno, mas foram detidos por Carabineros, a polícia chilena, com bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água. O edifício teve que ser evacuado e as atividades legislativas suspensas.

Hoje (25) é o oitavo dia de protestos no país. Já são 19 mortes registradas, com 2.840 pessoas detidas e 295 feridas por armas de fogo. Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile e atualmente alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, disse que enviará, na próxima segunda-feira (28), uma missão de verificação para acompanhar os conflitos no país e examinar denúncias de violações dos direitos humanos.

A Justiça também investiga se agentes de segurança cometeram abusos no uso da força para reprimir as manifestações, como apontam organizações de defesa dos direitos humanos locais.

O dia começou com caravanas de caminhões bloqueando o fluxo nas principais rodovias de acesso à capital, em um ato contra a cobrança de pedágios em estradas, que foram concedidas em sua maior parte ao setor privado a partir da década de 1990.

Manifestações

As manifestações começaram na semana passada, com o anúncio do aumento das passagens do metrô. E mesmo depois de o presidente Sebastián Piñera ter voltado atrás e cancelado o aumento, os protestos continuaram. O Chile, um país reconhecido por ter bons indicadores de governança, expôs suas debilidades e uma grande desigualdade social. Os manifestantes reclamam do alto custo de vida, dos baixos salários e aposentadorias, do sistema de saúde e educação, que não é acessível a todos.

Pacote

O presidente Sebastián Piñera anunciou um pacote de medidas para tentar acalmar os ânimos e conter as manifestações, mas não foi suficiente. Os protestos continuaram. A população argumenta que nenhuma das medidas anunciadas terá aplicação imediata e que são iniciativas que ainda terão de passar pelo Congresso. (ABr)

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