EUA sancionam autoridades venezuelanas por suborno e venda de passaporte

Por efe
09 de Diciembre de 2019 8:07 PM Actualizado: 09 de Diciembre de 2019 8:07 PM

Washington, 9 dez – O Departamento de Tesouro dos Estados Unidos impôs, nesta segunda-feira, sanções contra dois chefes do Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Extração (Saime) por “corrupção sistemática” na venda de passaportes.

Os sancionados são Juan Carlos Dugarte Padrón, antigo diretor do Saime entre 2016 a 2018, e seu sucessor, Gustavo Adolfo Vizcaino Gil.

“Enquanto Dugarte era diretor-geral da Saime, recebeu propinas e o escritório estava publicamente envolvido em operações corruptas relacionadas à venda de passaportes”, diz o comunicado do Tesouro americano.

Além disso, acusou Vizcaino de cobrar “requerentes de passaporte milhares de dólares” pelos documentos, além de transferir esses fundos para contas bancárias estrangeiras pessoais.

O Tesouro enfatizou que o Saime “vendeu passaportes a cidadãos não venezuelanos”, incluindo libaneses, iranianos e sírios; e que “vários funcionários do escritório são membros” dos grupos armados do governo do presidente Nicolás Maduro, conhecido como “coletivos”.

Como consequência da medida, os ativos que estas entidades e empresas possam ter sob jurisdição nos EUA estão congelados e proibidos de efetuar transações financeiras com cidadãos americanos.

Desde sua chegada à Casa Branca, em janeiro de 2017, o presidente dos EUA, Donald Trump, aumentou a pressão sobre a Venezuela e impôs sanções econômicas a mais de 100 autoridades e altos funcionários próximos ao presidente Maduro, incluindo sua esposa, a primeira-dama Cilia Flores.

Além disso, tem como alvo a principal fonte de renda da Venezuela, o petróleo, com pesadas sanções contra a petrolífera PDVSA.

A Venezuela passa por um longo período de tensão política desde o mês de janeiro, quando Maduro tomou posse para um novo mandato de seis anos, mas que não foi reconhecido pela oposição e parte da comunidade internacional e, em resposta, Juan Guaidó, presidente do Parlamento, se autoproclamou presidente interino do país.

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