Interpol emite mandado de prisão contra Carlos Ghosn

Por efe
02 de enero de 2020 8:33 PM Actualizado: 02 de enero de 2020 8:33 PM

Beirute, 2 jan – O governo do Líbano recebeu nesta quinta-feira um pedido de prisão da Interpol contra o ex-presidente da Nissan Motor, o brasileiro Carlos Ghosn, que fugiu do Japão e chegou ao país no início desta semana para evitar ser julgado naquele país por irregularidades financeiras.

O ministro da Justiça interino, Albert Sarhan, disse que o Ministério Público libanês recebeu hoje um alerta vermelho da Interpol, que emitiu um mandado de busca contra o empresário, segundo a agência de notícias estatal libanesa «ANN» e outras mídias locais.

O documento solicita às autoridades que prendam preventivamente o fugitivo da Justiça japonesa, pendente de extradição, entrega ou outra ação judicial semelhante.

Sarhan disse que as autoridades judiciais competentes, em particular a Procuradoria-Geral, tomarão «as medidas necessárias», que incluem a investigação de Ghosn e o estudo «das consequências legais dessas investigações».

Ele também indicou que o Líbano e o Japão não têm um acordo de extradição e, portanto, a lei libanesa será aplicada; e, no caso de receber um pedido de extradição das autoridades japonesas, o governo libanês estudaria essa possibilidade com base em relações bilaterais, acrescentou.

A Segurança-Geral libanesa disse na terça-feira que o acusado entrou legalmente no país árabe, do qual ele tem nacionalidade, além da brasileira e francesa.

Em um comunicado, o órgão disse que «o cidadão entrou no Líbano legalmente e não é necessário tomar nenhuma ação (legal) em relação a ele ou ser processado».

A emissora pública japonesa «NHK» informou hoje que Ghosn tinha dois passaportes franceses e um deles poderia usá-lo para entrar legalmente no Líbano.

O ex-executivo chegou a Beirute na última segunda-feira em um avião particular, depois de fazer uma escala na Turquia, onde uma investigação foi aberta e sete pessoas foram presas hoje por supostamente facilitar sua fuga.

Ghosn, de 65 anos, está livre sob fiança em Tóquio, desde abril do ano passado, aguardando julgamento que poderia representar uma longa sentença de prisão para ele.

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