Jihadistas tentam atacar base militar usada pelos EUA no Quênia

Por efe
05 de Enero de 2020 10:07 AM Actualizado: 05 de Enero de 2020 10:07 AM

Nairóbi, 5 jan – O grupo jihadista somali Al Shabab tentou atacar neste domingo uma base militar no leste do Quênia, que também é utilizada por militares dos Estados Unidos, e ao menos quatro terroristas foram mortos na operação, segundo o exército local.

“Nesta manhã, por volta das 5h30 (23h30 de sábado em Brasília), houve uma tentativa de violação da segurança na Manda Air Strip (nome da base aérea atacada). A tentativa de invasão foi rechaçada com sucesso”, declarou a Força de Defesa do Quênia (KDF) em comunicado.

“Até agora, foram encontrados quatro corpos de terroristas. A pista de aterrissagem está segura. Devido à tentativa falhada de invasão, houve um incêndio que afetou alguns dos tanques de combustível localizados na pista. O incêndio está sob controle, e os procedimentos de segurança padrão estão em vigor”, acrescenta a nota.

A Manda Air Strip está localizada no condado de Lamu, na fronteira com a Somália, e também é usada pelas tropas americanas. O Al Shabab, filiado à rede Al-Qaeda desde 2012, reivindicou a responsabilidade pelo ataque em uma declaração que identificou o espaço como “uma das muitas bases de lançamento da cruzada americana contra o Islã na região”.

Na última quinta-feira, o grupo jihadista atacou um ônibus e deixou pelo menos três pessoas mortas e três feridas, também em território queniano.

Desde outubro de 2011, quando o governo do Quênia enviou o exército para a Somália em resposta a uma onda de sequestros supostamente realizados pelo Al Shabab em seu território, radicais islâmicos realizaram numerosos ataques no país.

A tentativa de assalto à Manda Air Strip também vem no calor da crescente tensão entre os Estados Unidos e o Oriente Médio sobre a morte do general iraniano Qasem Soleimani em um bombardeio americano em Bagdá, na sexta-feira.

A ação militar tem causado grande instabilidade na região e um crescimento da hostilidade contra os EUA, uma crise que também pode complicar a já difícil situação de segurança no Chifre da África e, especialmente, na Somália.

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