Lava Jato denuncia ex-chefe de gabinete de petista Gabrielli por corrupção e lavagem de dinheiro

Tripodi solicitou ao então representante do grupo Keppel Fels, propinas em troca contato com Sérgio Gabrielli

Por diário do poder
04 de Diciembre de 2019 6:50 PM Actualizado: 04 de Diciembre de 2019 6:50 PM

A força-tarefa Operação Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná denunciou, nesta quarta-feira (04), o ex-chefe de gabinete da Presidência da Petrobras, Armando Tripodi, pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro entre 2011 e 2013.

De acordo com as investigações, Tripodi solicitou ao então representante do grupo Keppel Fels, Zwi Skornicki, propinas em troca da viabilização de melhor acesso e contato com o presidente da Petrobras na época, Sérgio Gabrielli. A vantagem indevida foi de fato paga mediante o custeio de aparelhagem de som e serviço de automação para a residência do denunciado, em um montante de R$ 90 mil.

O procurador da República, Roberson Pozzobon salienta que trata-se de mais um caso em que multinacional se valeu de intermediário para corromper funcionário público no Brasil. “Dessa vez a propina foi paga mediante o custeio de bens de luxo de ex-chefe de gabinete da maior estatal brasileira, a Petrobras”.

Ao ter acesso a diversas provas documentais, e-mails, registros de ligações telefônicas e de reuniões entre os envolvidos, os investigadores verificaram que, de fato, Skornicki efetuou o pagamento dos serviços de som e automação contratados pelo ex-chefe de gabinete da Presidência da Petrobras perante a empresa Prattis.

Foram anexados à denúncia diversos e-mails (intitulados “serviços Armando Tripodi”), trocados entre os funcionários da empresa de automação e o representante do Keppel Fels, nos quais são expressamente consignadas as informações de que os pagamentos cobrados se referiam aos serviços realizados pela empresa a Tripodi. Além disso, foi ainda apreendido na residência do denunciado um dos orçamentos realizados pela Prattis relativos a serviços realizados em sua residência. Em tal documento constou a indicação de Tripodi como cliente, com o encaminhamento do orçamento aos cuidados de Skornicki.

Para a procuradora da República e integrante da força-tarefa Lava Jato, Laura Gonçalves Tessler,  “a denúncia revela a ousadia e a elevada crença na impunidade por parte do funcionário público denunciado: as provas apontam que solicitou e de fato recebeu subornos mediante o custeio de bens e a prestação de serviços em sua própria residência”.

Skornicki, que celebrou acordo de colaboração premiada com o MPF, reconheceu tanto o acerto das propinas quanto a concretização dos pagamentos ilícitos em favor do ex-chefe de gabinete.

Tripodi já é réu na operação Lava Jato, pela prática dos crimes de corrupção passiva, crimes contra o sistema financeiro (gestão fraudulenta e desvio de recursos de instituição financeira), lavagem de dinheiro e organização criminosa, envolvendo a construção da Torre Pituba, edifício em Salvador que seria posteriormente alugado para a Petrobras. (Com informações MPF do Paraná)

Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando

¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.