Manifestantes atacam sede de agência de notícias chinesa em Hong Kong

Por EFE
02 de noviembre de 2019 6:38 PM Actualizado: 02 de noviembre de 2019 6:38 PM

Hong Kong, 2 nov – Os confrontos registrados neste sábado em diversos pontos de Hong Kong deixaram um rastro de destruição, principalmente no chamado Distrito Central, inclusive com ataque à sede local da agência de notícias chinesa «Xinhua».

O dia de tensão começou quando a polícia proibiu manifestações que havia autorizado anteriormente, depois de reprimir uma concentração não permitida. Houve ataques com coquetéis molotov e pedras contra os agentes, que responderam com uso de gás lacrimogêneo.

Os manifestantes que ficaram proibidos de seguir em ato, se dirigiram para o Distrito Central, área que abrange as sedes do governo, do parlamento e da polícia, onde aconteceriam neste sábado outros protestos, estes autorizadas pelas autoridades locais.

As portas de vidro da sede da agência «Xinhua» foram destruídas por um grupo, que ainda fez pichações no local e provocou pequenos focos de incêndio no interior do prédio da empresa, que foram rapidamente extintos.

A sede da polícia também foi alvo da ação de alguns manifestantes, que lançaram coquetéis molotov e paralelepípedos contra o local, segundo a equipe da Agência Efe testemunhou.

Hoje, 128 candidatos que se classificam como pró democracia e se apresentaram às eleições aos Conselhos Distritais, que acontecerão no fim de novembro, marcaram comícios no centro de Hong Kong.

De acordo com as leis na região, cada aspirante a cargo pode reunir 50 pessoas, no máximo, sem que haja autorização da polícia. Dessa forma, com 128 candidatos se juntando, a aglomeração poderia contar com 6.400 partidários, sem que houvesse qualquer ilegalidade.

Mais de mil ativistas se concentraram no principal parque do centro da cidade, parte deles com máscaras, em claro desafio contra a proibição de participar de manifestações com o rosto coberto.

Houve uma advertência dos agentes anti-distúrbios pelo uso da veste e pela não autorização da concentração. Como as pessoas não atenderam os agentes e não dispersaram, os policiais lançaram gás lacrimogêneo contra a aglomeração.

Vários ativistas e, pelo menos, dois candidatos às eleições distritais foram detidos e se juntam aos 2.600 presos desde o início dos protestos em Hong Kong, em junho deste ano.

A partir da repressão dos agentes, grupos de manifestantes se dirigiram o distrito Central, onde aconteceriam neste sábado outros protestos, estes autorizadas pelas autoridades locais.

Diante do grande número de pessoas que começaram a se reunir, houve bloqueio de acessos para o público, o que iniciou uma série de novos confrontos. Caminhões com canhões de água chegaram a ser utilizados para afastar as pessoas.

Às 17h deste sábado (6h de Brasília), a polícia anunciou que estava invocando as leis de ordem pública e, diante da violência registrada, estava proibindo os atos anteriormente autorizados no distrito central de Hong Kong.

A medida acirrou os ânimos entre os manifestantes e os confrontos se intensificaram, com barricadas e mais ataques contra os agentes, além dos atos de vandalismo contra edifícios da região.

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