Mísseis erraram alvos americanos no Iraque, caindo até a 33km de distância

Ataque é retaliação à morte de Qassem Soleimani, acusado terrorismo que virou general no Irã

Por Diário do Poder
08 de enero de 2020 11:47 AM Actualizado: 08 de enero de 2020 11:47 AM

Dez mísseis balísticos foram lançados nesta terça-feira (7) contra duas bases aéreas dos Estados Unidos no Iraque, mas aparentemente erraram o alvo, segundo fontes curtas e iraquianas citadas pelas agências de notícias. Uma caiu no perímetro do aeroporto, mas não explodiu, e outra a 33km de distância, sem fazer vítimas.

Um dos locais alvos é a base aérea Al Asad, na província de Al Anbar, e a outra é uma instalação militar próxima de Irbil. A Guarda Revolucionária do Irã assumiu a responsabilidade pelo ataque, que aconteceu horas depois do funeral do general iraniano Qassem Soleimani, iraquiano acusado de ações terroristas que ganhou a parente de general e o comando da Guarda Revolucionária do seu país.

Até agora, não há informações sobre mortes, feridos e os danos causados pelos ataques.

O ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, escreveu no Twitter que “o Irã adotou e concluiu medidas proporcionais em autodefesa”. “Nós não buscamos a escalada [do conflito] ou a guerra, mas nos defenderemos de qualquer agressão”, acrescentou.

O presidente americano Donald Trump pareceu aliviado, no Twitter: “Está tudo bem! Mísseis lançados do Irã contra duas bases militares localizadas no Iraque. Avaliação das vítimas e mortes ocorrendo agora. Até o momento, tudo bem! Temos, de longe, as forças armadas mais poderosas e bem equipadas do mundo! Farei uma declaração amanhã de manhã.”

A Casa Branca retuitou uma mensagem da secretária de imprensa dos EUA, Stephanie Grisham, que diz que o governo norte-americano está ciente das notícias do ataque às instalações no Iraque. “O presidente [Donald Trump] foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional.”

A Autoridade Federal de Aviação dos EUA emitiu restrições de emergência para o espaço aéreo do Golfo Pérsico, restringindo os voos comerciais na região, citando “potencial de erro de cálculo ou identificação incorreta”.

O ministro do Exterior do Irã, Javad Zarif, disse no Twitter, em um post por volta das 23h30 desta terça, que Teerã concluiu sua retaliação pelo assassinato de Soleimani. “O Irã tomou e concluiu medidas proporcionais em legítima defesa, de acordo com o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, a partir da qual foram lançados ataques covardes contra nossos cidadãos e altos funcionários”, disse Zarif no tweet. “Não buscamos escalada ou guerra, mas nos defenderemos de qualquer agressão”.

O presidente norte-americano Donald Trump publicou em sua conta pessoal no Twitter às 23h46 que tudo estava bem. “Mísseis lançados do Irã em duas bases militares localizadas no Iraque. Avaliação das vítimas e danos ocorridos agora. Por enquanto, tudo bem! Temos, de longe, as forças armadas mais poderosas e bem equipadas do mundo! Farei uma declaração amanhã de manhã.” Havia a previsão de que o presidente dos EUA fizesse um pronunciamento na noite desta terça.

O ataque ocorreu dias após um ataque com drone feito pelos Estados Unidos no Iraque que resultou na morte de Qassem Soleimani. O presidente da República Islâmica do Irã, Hassan Rouhani, disse que a “resistência contra os excessos dos Estados Unidos vai continuar” e que “o Irã vai se vingar deste crime hediondo”.

As cerimônias fúnebres de Qassem Soleimani reuniram milhares de pessoas no Iraque e no Irã, que saíram às ruas para se despedir de Soleimani e protestaram contra os EUA.

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