Novas fotografias do assassinato de Óscar Pérez são apresentadas no Tribunal Penal de Haia

Pérez ganhou a fama de "Rambo venezuelano" em 2017, quando lançou granadas inativas de um helicóptero sobre o Supremo Tribunal de Justiça no meio de uma onda de protestos

Por Eduardo Tzompa
10 de diciembre de 2019 3:23 PM Actualizado: 10 de diciembre de 2019 3:23 PM

O deputado venezuelano Wilmer Azuaje e o presidente da subcomissão de Direitos Humanos da Assembleia Nacional (AN) Franco Casella, apresentaram na segunda-feira (9) perante o Tribunal Penal Internacional de Haia mais de 400 fotografias que mostram as execuções extrajudiciais do policial rebelde Oscar Pérez e seis de seus colegas.

Azuaje escreveu em sua conta no Twitter: “Em Haia, no Tribunal Penal Internacional, apresentamos queixa formal e bem documentada (mais de 400 fotos) do massacre de Oscar Pérez e seus companheiros. Pedimos justiça!»

Tal como revelam as imagens publicadas pelo jornal El Mundo, Pérez foi baleado no pescoço e na cabeça, apesar de ter anunciado sua rendição minutos antes de ser morto pelos agentes chavistas. A promotora geral exilada, Luisa Ortega Díaz, disse à imprensa espanhola que Pérez e seus seis companheiros entrincheirados em Junquito, Caracas, foram executados.

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Segundo a CNN, Pérez ganhou a fama de «Rambo venezuelano» em 2017, quando lançou granadas inativas de um helicóptero sobre o Supremo Tribunal de Justiça no meio de uma onda de protestos.

A partir daí, o regime de Maduro considerou a ele e a seus homens como terroristas. Mas foi em janeiro de 2018 que 500 soldados, policiais e paramilitares o emboscaram no distrito montanhoso de El Junquito, onde se refugiaram.

Depois que Pérez tentou negociar sua rendição, os policiais chavistas atacaram a casa onde ele estava com metralhadoras e granadas impulsionadas por foguetes. Segundo as declarações de Maduro, os homens dentro da casa abriram fogo primeiro, matando dois policiais e ferindo outros seis.

No entanto, membros da oposição asseguram que os paramilitares foram enviados para executá-los. Durante o tiroteio que durou horas, Pérez, cinco homens e uma mulher foram mortos.

“Queremos resgatar os valores, a moral e os bons costumes de nosso país, essa é nossa convicção, é o nosso legado, somos filhos de Bolívar de Miranda de Piar e hoje é o momento de prestar homenagem aos mortos. A homenagem aos caídos não é apenas estar aqui neste momento, a verdadeira homenagem é que essa ditadura caia, e que fique claro, daremos a vida para isso, se necessário. Maduro, sua tirania acabou”, disse Pérez em um vídeo que circula nas redes sociais junto com seus parceiros de luta.

O presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, também se pronunciou em favor da justiça para Pérez e seus colegas assassinados.

“Oscar Pérez e seus companheiros foram executados pela ditadura. A evidência foi apresentada ao Tribunal Penal Internacional. Esses crimes não prescrevem. Continuaremos lutando por justiça para nossos mártires, o sacrifício deles não será em vão”, escreveu ele no Twitter.

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