Países do TIAR avaliam medidas para restringir viagens de líderes chavistas

A Venezuela retirou-se do tratado em 2013 por iniciativa do falecido líder venezuelano Hugo Chávez; mas, em julho deste ano, o parlamento liderado por Guaidó aprovou o retorno do país a esse pacto de defesa, uma decisão que o executivo de Maduro não reconhece

27 de noviembre de 2019 8:31 PM Actualizado: 27 de noviembre de 2019 8:31 PM

Por Epoch Times

Os países parceiros do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) avaliarão na próxima semana, em Bogotá, medidas para restringir as viagens dos líderes chavistas pelas Américas, disse o enviado especial para a Venezuela, Elliott Abrams.

A medida afetará “várias dezenas” de funcionários leais ao líder venezuelano Nicolás Maduro e será discutida durante a reunião que será realizada pelos ministros das Relações Exteriores das nações signatárias do TIAR, também conhecido como “Tratado do Rio”, em Bogotá, no dia 3 de dezembro.

“Na próxima semana, em 3 de dezembro, os países signatários do Tratado do Rio se reunirão em Bogotá, Colômbia, para considerar e esperamos adotar restrições a viagens coordenadas em nível regional e medidas para negar vistos a várias dezenas de funcionários do regime comunista de Maduro”, disse Abrams.

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«Esse é um novo passo nos crescentes esforços regionais contra o regime e em apoio à volta da democracia», acrescentou.

Abrams também negou que a oposição venezuelana, liderada por Juan Guaidó, reconhecido como presidente encarregado de mais de cinquenta nações, tenha perdido o ritmo e reiterou o apoio de seu país a Guaidó, apesar de reconhecer que a «recuperação» da Venezuela será um projeto de «vários anos».

«Não temos um ‘plano B’, temos um ‘plano A’, acreditamos que funcionará, estamos apoiando o povo da Venezuela», afirmou.

No entanto, o secretário de Estado, Mike Pompeo, não comparecerá à reunião de Bogotá, que contará com a participação de seus homólogos regionais, porque o chefe da diplomacia dos EUA fará uma viagem oficial a Londres, Marrocos e Portugal entre 1º e 6 de dezembro.

A administração do presidente Donald Trump ainda não anunciou quem irá em seu lugar.

Em setembro, às vésperas da Assembleia Geral da ONU, várias nações signatárias do TIAR se comprometeram a identificar e sancionar pessoas e entidades associadas ao regime de Maduro e que estão ligadas a atividades ilegais, corrupção ou violações de direitos humanos.

Esses países previram levar dois meses para preparar essa lista e aprová-la em uma nova reunião de ministros das Relações Exteriores.

Para aprovar qualquer medida, é necessário votar a favor de pelo menos 13 dos 19 países signatários do TIAR, um tipo de OTAN americana que os países americanos recuperaram após décadas praticamente esquecidos com o objetivo de pressionar o Executivo de Maduro.

Embora o TIAR contemple o “uso da força armada”, essa medida nem sequer está sobre a mesa, uma vez que os países do Grupo de Lima a descartaram e apostaram em medidas econômicas e diplomáticas.

A Venezuela retirou-se do tratado em 2013 por iniciativa do falecido líder venezuelano Hugo Chávez; mas, em julho deste ano, o parlamento liderado por Guaidó aprovou o retorno do país a esse pacto de defesa, uma decisão que o executivo de Maduro não reconhece.

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