PF prende ex-senador por propina de R$ 1,5 milhão para campanha de Hélder Barbalho

Operação Fora da Caixa investiga repasse da Odebrecht para governador do Pará

Por Diário do Poder
09 de enero de 2020 1:02 PM Actualizado: 09 de enero de 2020 1:02 PM

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (9) o ex-senador Luiz Otávio Campos (MDB-PA), investigado pela suspeita de arrecadar R$ 1,5 milhão em propina junto à Odebrecht para a campanha eleitoral do governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), em 2014. A Operação Fora do Caixa é desdobramento da Operação Lava Jato, e cumpre seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Belém (PA), Palmas (TO) e Brasília (DF).

A investigação teve início a partir da colaboração premiada feita por executivos da Odebrecht, que relataram o Caixa 2 na campanha de Barbalho ao Governo do Estado do Pará, nas eleições de 2014, envolvendo o Consórcio da Hidrelétrica de Belo Monte. Segundo o depoimento dos executivos foram realizadas três entregas, nos valores de R$ 500 mil reais cada, nos meses de setembro e outubro de 2014. Segundo a PF, o recebimento foi intermediado pelo ex-senador aliado do então candidato.

Durante o trabalho investigativo, foram encontrados indícios de que pelo menos um dos pagamentos foi realizado em endereço ligado a parentes do senador Luiz Otávio Campos. E os crimes sob investigação são de falsidade ideológica eleitoral (Caixa 2), formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A investigação iniciou no Supremo Tribunal Federal (STF), entretanto houve declínio de competência para o Tribunal Regional Eleitoral do Pará, a partir da confirmação do entendimento sobre a competência da Justiça Eleitoral para processar e julgar crimes comuns em conexão com crimes eleitorais.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Eleitoral em Belém/PA. E estão divididos da seguinte forma: três buscas e apreensões e uma prisão temporária no Pará; uma prisão temporária e uma busca e apreensão em Tocantins; e duas buscas e apreensões no Distrito Federal.

O nome da operação faz referência ao recebimento de recursos eleitorais não contabilizados. (Com informações da Comunicação Social da Polícia Federal no Pará)

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