Promotor peruano pede nova prisão preventiva para Keiko Fujimori

O promotor diz ter 140 novos elementos que confirmam e fortalecem a investigação e calcula que Keiko pode passar 24 anos e 10 meses na prisão caso seja condenada por todas as acusações

Por EFE
15 de Diciembre de 2019 10:06 PM Actualizado: 16 de Diciembre de 2019 6:28 AM

O promotor peruano José Domingo Pérez pediu apresentou na sexta-feira um novo pedido de prisão preventiva contra a líder da oposição no país, Keiko Fujimori., acusada de receber ilegalmente dinheiro da Odebrecht para campanhas eleitorais.

Pérez, da equipe anticorrupção do Ministério Público do Peru, pediu mais 36 meses de prisão preventiva para a líder do partido Força Popular, que já passou 13 meses detida pelo mesmo caso.

O pedido foi revelado pelo jornal peruano “El Comércio”. No documento, Pérez indica que acusará Keiko pelos crimes de lavagem de dinheiro, obstrução da Justiça, associação ilícita para delinquir, falsidade ideológica, fraude processual e falsa declaração em processo administrativo.

O promotor diz ter 140 novos elementos que confirmam e fortalecem a investigação e calcula que Keiko pode passar 24 anos e 10 meses na prisão caso seja condenada por todas as acusações.

Entre os novos elementos está o depoimento do empresário Jorge Yoshiyama, que afirma que Keiko sabia do aporte feito pela Odebrecht. Já Dionisio Romero e Vito Rodríguez disseram ter entregado à líder da oposição peruana US$ 3,65 milhões e US$ 200 mil, respectivamente, para campanhas eleitorais. O dinheiro não foi declarado.

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O pedido de prisão preventiva será julgado no próximo dia 26 pelo juiz Víctor Zúñiga, responsável pelo Quarto Tribunal de Investigação Preparatória Nacional.

A advogada de Keiko, Guilliana Loza, afirmou que o pedido de Pérez é mais uma “tentativa desesperada” do Ministério Público de prender sua cliente. Segundo ela, não existem novas provas que justifiquem a solicitação feita pelo promotor.

“É uma tentativa mais do que desesperada do Ministério Público. Diria que há uma obsessão em querer manter a senhora Fujimori presa injustamente e de maneira desproporcional”, afirmou a advogada.

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