Sem-terra queima floresta para barrar reintegração de posse, afirmam autoridades

Polícia foi chamada pelos próprios invasores no intuito de simular crimes ambientais de fazendeiros

Por Marina Dalila
07 de septiembre de 2019 10:15 AM Actualizado: 07 de septiembre de 2019 10:27 AM

A Polícia Civil do Pará fez o flagrante do “nefasto cenário de queimadas e crimes ambientais” no município de Redenção (PA), “provocados pelos integrantes do acampamento sem-terra”. Os invasores de duas fazendas chamaram a polícia para “denunciar” supostos crimes ambientais dos proprietários. Chegando ao local, a polícia viu que era tudo mentira, e identificou a “prática de crimes bárbaros” dos sem-terra. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A polícia registrou a queimada criminosa.

A Polícia Civil concluiu que as queimadas foram provocadas pelos sem-terra para impedir reintegração de posse ordenada pela Justiça.

Em vídeo, o sem-terra admite à polícia que a queimada era para tentar impedir a reintegração. E que pagou pixuleco de R$20 a cada invasor.

Um líder sem-terra, Divino Souza foi preso pela tentativa de homicídio qualificado de policiais militares que atuaram no caso.

Relatório Circunstanciado da Delegacia de Conflitos Agrários atribui a sem-terras diversos crimes: de cárcere privado a porte ilegal de armas.

Incendiários presos

Nesse Relatório, cuja cópia foi obtida pela coluna Cláudio Humberto, o delegado Antônio Mororó Junior, diretor da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (Deca), da Polícia Civil do Pará, relata haver recebido denúncia de que nas fazendas Ouro Verde e Vitória Régia, teria havido crimes de ameaça, disparos de arma de fogo e homicídio, cuja vítima fora Juarez Almeida Lima. Ele conta que esteve no local verificou “a improcedência das informações.”

O que o policial encontrou foi fogo e destruição e indícios de que as queimadas foram provocadas pelos integrantes do acampamento sem-terra. No local do incêndio, a polícia encontrou o barraco do integrante sem-terra Divino Ferreira da Silva, “que, ao perceber a presença da polícia, deixou o local, mas não teve tempo de levar seu documento de identidade», que foi encontrado pelos policiais.

Tentativa de matar policiais

Na ocasião, diversos sem-terra foram presos em flagrante ou preventivamente, “pela prática de crimes bárbaros, como cárcere privado, porte ilegal de arma de fogo, posse irregular de arma de fogo e até mesmo tentativa de homicídio de policiais militares que estavam na oportunidade de serviço”, diz o Relatório Circunstanciado. Divino foi indiciado e preso preventivamente pelo cometimento dos crimes.

Divino, que integra o acampamento sem-terra, é uma de suas lideranças. Também foram presos em flagrante e dentro do acampamento sem-terra nas fazendas invadidas Francisco de Assis Marcolino da Silva, que estava de posse de uma espingarda do calibre 32. Outro “sem-terra” Edson Pereira da Silva, contou aos policiais que cerca de 50 foram levados para as fazendas com o objetivo de frustrar a ordem judicial de reintegração de posse. Edson revelou que a associação presidida por Lázaro teria dado a ordem para ficar dentro da terra mesmo sabendo que existe uma ordem judicial de reintegração.

“A autoridade policial extraiu do depoimento que a associação que lidera os acampados, com o nítido intuito de aumentar o número de integrantes do acampamento e frustrar/dificultar a reintegração de posse já ordenada, está arregimentando pessoas para ocuparem a área com a contrapartida do pagamento de uma taxa no valor de R$20 mensais por pessoa, o que mensalmente dá uma quantia expressiva.”

Veja o vídeo da conversa em que um sem-terra afirma ao policial que uma “associação” está arregimentando pessoas, mesmo sabedores da decisão judicial de reintegração de posse, com o objetivo de fazer número de acampados e frustrar a ordem judicial ou ao menos embaraçar.

 

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