Por Eduardo Tzompa, Epoch Times
Apesar da divisão gerada com o asilo de Evo Morales no México, o presidente Andrés Manuel López Obrador condecorou os tripulantes do avião que tranferiu o ex-presidente boliviano durante o aniversário da Revolução Mexicana.
Em 20 de novembro, foram celebradas a entrega e as promoções das forças armadas no Palácio Nacional e o piloto Miguel Eduardo Hernández Velázquez, que liderou a equipe de transferência, foi promovido a General de Ala Piloto Aviador, informou a página na internet do presidente mexicano.
O almirante Rafael Ojeda, chefe da Secretaria da Marinha, disse que totalizaram 6.479 homens e 1.699 mulheres entre almirantes, chefes, capitães, oficiais, tropas e marinheiros. Além disso, na mesma cerimônia, 22.166 homens e 3.601 mulheres receberam condecorações pelo serviço prestado nas forças armadas mexicanas, segundo relatos da presidência.
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Morales chegou ao México em 12 de novembro em um avião que custou ao governo de Enrique Peña Nieto 54 milhões de dólares. Ele é da marca Gulfstream, modelo GV-SP G550, registro XC-LOK e número de registro FAM3916 GLF5, de acordo com a Infobae.
Em 13 de novembro, o presidente mexicano confirmou em sua tradicional conferência matinal que Morales recebeu uma casa e está sendo guardado pelo governo federal. No entanto, a sociedade mexicana ficou dividida em diferentes posições, informou a agência VOA.
Embora os membros do Movimento de Regeneração Nacional (Morena), certos setores da oposição e grande parte da esquerda aprovem a decisão de López Obrador de conceder asilo a Morales, o Partido de Ação Nacional considera que foi um erro dar as boas-vindas ao ex-chefe de Estado boliviano.
O líder do PAN Marko Cortés Mendoza expressou sua rejeição ao apontar os relatórios da OEA que acusam Morales de violar a vontade popular com o objetivo de se perpetuar no poder.
“O que é inaceitável é que o México queira dar asilo político a um ditador; aqui no México os ditadores não são bem-vindos, não achamos adequado, correto, que no México se abram as portas para quem fez sofrer um povo e tentou ficar no poder à custa de qualquer coisa”, disse Cortes.
Em um discurso que o deputado panista Jorge Triana fez no congresso da Cidade do México em 20 de novembro, ele solicitou que o custo da estadia de Evo Morales fosse divulgado, enfatizando que ele não deveria ter dado asilo à uma pessoa que cometeu fraude eleitoral.
Triana, que vem de uma família exilada em um país estrangeiro, disse que Morales está recebendo privilégios aos quais outros refugiados no México não tiveram acesso.
“Nunca na história deste país Evo Morales foi tratado do modo como está sendo agora. É por isso que é nossa responsabilidade solicitar essas informações. Primeiro, porque o asilo político foi dado a uma pessoa que não é ativista dos direitos humanos, não é um político perseguido, não é uma pessoa prejudicada em sua integridade ou que tenha sofrido ameaçadas contra sua vida, ele é apenas um ex-presidente”, disse o deputado Jorge Triana.
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