Por Voice of America
A chanceler do governo interino da Bolívia, Karen Longaric, confirmou o mandado de prisão contra dois colaboradores próximos do ex-presidente Evo Morales, agora refugiados na embaixada mexicana em La Paz.
Longaric disse esperar que a missão diplomática responda ao pedido de entrega daqueles requeridos pela justiça «porque, caso contrário, eles terão que permanecer com eles na residência por um longo tempo… meses ou anos, eu não sei».
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Um dos procurados pelas autoridades é o ex-ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, acusado de terrorismo, sedição e outros crimes.
O outro mandado de prisão emitido pelo governo boliviano é contra a ex-ministra das Culturas, Wilma Alanoca, acusada de manter um arsenal de bombas Molotov nas instalações do Ministério, quando ela estava no comando.
Contra os ex-ministros, a ministra das Relações Exteriores Longaric confirmou que «há certas evidências da prática de crimes graves de sedição e outros citados no requerimento do promotor».
Ambos os funcionários do governo de Morales aguardam resposta para um pedido de asilo político na embaixada mexicana em La Paz.
Em meio à investigação, o promotor de Santa Cruz, Mirael Salguero, apresentou um relatório sobre a intervenção de três caixas seladas que chegaram dos Estados Unidos em 3 de outubro e cujo alvo era o Ministério da Presidência.
“Está provado que é material, documentação que está em inglês; pastas (…) Não sabemos quem é o remetente,isso é o que os promotores vão verificar, material com impressão escrita em inglês, que estará faltando conhecer”, afirmou.
A presidente interina, Jeanine Áñez, ratificou na segunda-feira que, durante o governo de transição, não haverá impunidade para os que cometeram crimes de sedição e terrorismo, e voltou a se referir a Morales.
Em uma declaração da Presidência, Áñez disse que o projeto de «Lei de Pacificação do País» não isenta o ex-presidente de responsabilidades, como o Movimento para o Socialismo (MAS) pretendia aprovar, e disse que a posição do governo sobre esse assunto é irredutível.
Enquanto isso, Morales, em seu asilo no México, deu uma entrevista à Telesur e denunciou que a Interpol emitiu uma ordem internacional de busca contra ele, com notificação azul em 10 países por vários crimes, como revolta armada e terrorismo, entre outros.
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