Catedrático adverte em Lisboa que o Brasil venceria invasores na Amazônia

Em artigo, ele lembra que "a luta na selva nunca foi o forte da França"

Por Davi Soares - Diário do Poder
12 de Septiembre de 2019 6:23 PM Actualizado: 12 de Septiembre de 2019 6:23 PM

O Brasil possui um dos melhores exércitos especializados em combate na selva, num terreno que conhece, para enfrentar a invasão da Amazônia por forças militares estrangeiras, segundo o professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Carlos Blanco de Morais. Em artigo publicado no Diário do Poder e no jornal Público, o mais importante de Portugal, ele evidencia que a estratégia neocolonial é forjada com desinformação e interesses econômicos, que elegeram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) como alvo. Mas conclui ser inverossímil uma invasão à Amazônia.

A polêmica foi provocada por declarações do presidente francês Emmanuel Macron defendendo a “internacionalização” da Amazônia, hipótese que Morais considera “praticamente ficcional”. No texto, ele também alertou para os riscos de a cobiça internacional pelas riquezas da floresta amazônica levar invasores a repetir o fracasso vivido pela França no “inferno verde” do Vietnã.

“Uma intervenção militar destinada a ocupar a Amazônia estaria votada ao insucesso. O Brasil possui um dos melhores exércitos especializados em combate na selva, num terreno que conhece. Ora, a luta na selva nunca foi o forte da França, que se arriscaria a um novo Dien Bien Phu no temível “inferno verde”, onde um dia desapareceu, sem deixar rasto, o experiente explorador Percy Fawcett”, escreveu Carlos Blanco de Morais, referindo-se ao feito militar histórico, quando o Vietnã colocou para correr invasores franceses.

Ele também cita o artigo de um professor de Harvard, “Quem vai invadir o Brasil para salvar a Amazónia?”, em que foi dado o mote sobre a hipótese de invocação dos artigos 1.º , 39.º e 42.º da Carta da ONU, para autorizar o uso da força contra um Estado, em caso de rotura “da paz internacional”, equiparando-se essa rotura à “inércia” do Brasil em lidar com um “ecocídio”na Amazônia.

“Não existe, hoje, esse risco, embora os militares brasileiros há muito o levem a sério. Semelhante ação militar seria vetada pelos EUA, Reino Unido e a China no Conselho de Segurança. Mais inverosímil, ainda, seria uma aventura militar da França fundada na noção de “responsabilidade para proteger” por razões humanitárias que, contrariamente ao que diz o professor de Harvard, jamais constituiu um principio de Direito Internacional geral que justifique o uso da força por um Estado contra outro”, conclui o constitucionalista português.

Leia aqui o artigo completo.

Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando

¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.