O Brasil possui um dos melhores exércitos especializados em combate na selva, num terreno que conhece, para enfrentar a invasão da Amazônia por forças militares estrangeiras, segundo o professor catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Carlos Blanco de Morais. Em artigo publicado no Diário do Poder e no jornal Público, o mais importante de Portugal, ele evidencia que a estratégia neocolonial é forjada com desinformação e interesses econômicos, que elegeram o presidente Jair Bolsonaro (PSL) como alvo. Mas conclui ser inverossímil uma invasão à Amazônia.
A polêmica foi provocada por declarações do presidente francês Emmanuel Macron defendendo a “internacionalização” da Amazônia, hipótese que Morais considera “praticamente ficcional”. No texto, ele também alertou para os riscos de a cobiça internacional pelas riquezas da floresta amazônica levar invasores a repetir o fracasso vivido pela França no “inferno verde” do Vietnã.
Ele também cita o artigo de um professor de Harvard, “Quem vai invadir o Brasil para salvar a Amazónia?”, em que foi dado o mote sobre a hipótese de invocação dos artigos 1.º , 39.º e 42.º da Carta da ONU, para autorizar o uso da força contra um Estado, em caso de rotura “da paz internacional”, equiparando-se essa rotura à “inércia” do Brasil em lidar com um “ecocídio”na Amazônia.
“Não existe, hoje, esse risco, embora os militares brasileiros há muito o levem a sério. Semelhante ação militar seria vetada pelos EUA, Reino Unido e a China no Conselho de Segurança. Mais inverosímil, ainda, seria uma aventura militar da França fundada na noção de “responsabilidade para proteger” por razões humanitárias que, contrariamente ao que diz o professor de Harvard, jamais constituiu um principio de Direito Internacional geral que justifique o uso da força por um Estado contra outro”, conclui o constitucionalista português.
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