Emissão de carteiras de trabalho a refugiados venezuelanos chega a quase 70% em 2018

Movimentação no mercado formal dos imigrantes no Brasil ocorreu principalmente nos setores de produção de bens e serviços industriais e serviços de vendedores do comércio em lojas e mercados

Por Bruna de Pieri, Terça Livre
23 de agosto de 2019 6:53 PM Actualizado: 23 de agosto de 2019 6:53 PM

O ano de 2018 teve o maior número de carteiras de trabalho emitidas para refugiados. Ao todo, foram 36.384 CLTs. Do montante, quase 70% destinadas para imigrantes venezuelanos. Outras 19% para haitianos e 4,8% a cubanos.

Além de ser o maior registrado desde 2010, o número representa quase a metade do total de 76.878 carteiras emitidas entre 2010 e o ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (22) pelo Ministério de Justiça e Segurança Pública e faz parte do relatório anual do Observatório das Migrações Internacionais.

Conforme o levantamento, dos refugiados que estavam no mercado formal, mais de 90% tinham jornada de trabalho superior a 44 horas semanais. A média salarial dessa parcela de trabalhadores é de 1 salário mínimo e meio.

A pesquisa mostrou também que quase 50% dos trabalhadores imigrantes que foram registrados em 2018, tinham nível de ensino médio completo.

A movimentação no mercado formal dos imigrantes no Brasil ocorreu principalmente nos setores de produção de bens e serviços industriais e serviços de vendedores do comércio em lojas e mercados. Embora a maior parte das carteiras de trabalho tenham sido destinadas aos venezuelanos, os haitianos continuam a liderar o emprego formal entre os imigrantes do Brasil.

Eles estão no topo de admissões em 2018, com 27.200 contratações, seguidos de venezuelanos, paraguaios, argentinos e bolivianos. No entanto, de acordo com o MJSP há uma forte tendência de a população de venezuelanos superar os haitianos.

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