Por Eduardo Tzompa, Epoch Times
Em 13 de novembro, o rei da Espanha, Felipe VI, tornou-se o primeiro monarca espanhol a visitar Cuba e participar de um jantar no antigo Palácio dos Capitães Gerais. Durante seu discurso, ele falou sobre a concepção de direitos humanos universais, defendeu seu respeito e enfatizou que é o próprio povo cubano que deve decidir sobre o seu futuro, de acordo com um comunicado da Casa Real.
Sua Majestade agradeceu ao líder do regime comunista cubano por seu convite para a comemoração dos 500 anos de Havana e falou algumas palavras destacando as contribuições da Espanha para o mundo.
“A Espanha trouxe consigo instituições, ideias e valores. Os fundamentos do Direito Internacional, a concepção dos direitos humanos universais, o debate sobre a guerra justa, foram contribuições que deram origem ao que conhecemos como a Era Moderna. Tudo isso faz com que, em conjunto, «nossa» história se destaque como algo único e extraordinário no mundo», disse o monarca espanhol.
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Don Felipe destacou que é necessário adaptar-se às novas mudanças para não perder a oportunidade de fazer parte do desenho do futuro, ressaltando que a mudança deve emanar das forças sociais e políticas de um país de forma a representar a vontade do cidadão.
Nesse sentido, ele expressou a necessidade de que se estabeleçam instituições que representem os cidadãos protegendo a liberdade de expressão, de associação ou de reunião.
Sua Majestade deu como exemplo a constituição espanhola de 1978 baseada no consenso e na reconciliação que marcou uma era totalmente democrática em seu país.
Don Felipe destacou que a democracia é a melhor maneira de defender os direitos humanos, a liberdade, a dignidade das pessoas e os interesses dos cidadãos. Além disso, fortalece as instituições que permitem que o progresso e o bem-estar das pessoas possam fazer frente aos riscos e desafios que inevitavelmente surgem ao longo do tempo.
Ele pediu a Díaz Canel para oferecer aos cidadãos oportunidades de acessar tecnologia, viajar, receber visitantes de outros países e gerar iniciativas de negócios.
Ele também mencionou os intercâmbios culturais no campo literário, como as contribuições de Lezama Lima, Alejo Carpentier e Dulce María Loynaz à literatura espanhola.
Felipe e Letizia se encontraram na manhã de 13 de novembro com membros da comunidade espanhola que conta com 140 mil habitantes, para os quais o rei falou algumas palavras: “Nada do que acontece em Cuba é estranho à Espanha e nada do que acontece na Espanha é estrangeiro para Cuba. Vocês, espanhóis – e também cubanos – são a expressão viva de quanto isso une nossos povos.”
Suas Majestades, nesta quinta-feira, dia 14, encerraram sua décima visita de Estado depois das anteriores realizadas na França, México, Portugal, Japão, Reino Unido, Peru, Marrocos, Argentina e Coreia do Sul.
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