Governo argentino pede diálogo com os Estados Unidos após anúncio de tarifas

Por efe
02 de diciembre de 2019 3:41 PM Actualizado: 02 de diciembre de 2019 3:41 PM

Buenos Aires, 2 dez – O governo da Argentina disse nesta segunda-feira estar trabalhando para iniciar um diálogo com os Estados Unidos após o anúncio do presidente Donald Trump de estabelecer tarifas sobre a importação de aço e alumínio do Brasil e da Argentina, informaram fontes do Ministério do Trabalho à Agência Efe.

O ministro do Trabalho, Dante Sica, se reuniu com o chanceler Jorge Faurie para discutir uma decisão que considerou inesperada e que, segundo eles, foi tomada sem nenhum sinal aos governos argentino e brasileiro ou ao setor privado.

Os ministros argentinos entraram em contato com a embaixada dos EUA para enviar seus pedidos: uma conversa com o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, que teria Sica como interlocutor, e com o vice-secretário do Departamento de Estado, John Sullivan, com quem Faurie conversaria.

O embaixador argentino nos Estados Unidos, Fernando Oris de Roa, também entrou em contato com o secretário do Comércio para «entender a magnitude desta declaração e como podem mudar os acordos comerciais» entre os dois países.

Dante Sica também entrou em contato com representantes do setor privado para «avaliar o impacto em seus níveis de produção e exportação e ativar seus contatos internacionais com as câmaras representativas».

O presidente Trump disse hoje que retaliará medidas de Brasil e Argentina, com a restauração de tarifas sobre aço e alumínio dos dois países.

«Brasil e Argentina aplicaram uma desvalorização maciça de suas moedas, o que não é bom para nossos agricultores», escreveu no Twitter.

«Portanto, com efeito imediato, restaurarei as tarifas de todo o aço e o alumínio enviado para os EUA a partir desses países», completou o presidente americano.

Em maio de 2018, o governo da Argentina anunciou que colocaria limites nas exportações de alumínio e aço para os Estados Unidos, com o objetivo de evitar as taxações anunciadas por Trump.

Poucos dias depois, o governo brasileiro aceitou um acordo com o americano, em que aceitou uma tarifa de 10% sobre o alumínio e limites nas vendas de aço.

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