Trump conversou com Brasil e Colômbia sobre possível intervenção militar na Venezuela, segundo Temer

A ditadura na Venezuela tem o apoio de paramilitares armados e dos guerrilheiros colombianos do ELN e das FARC, que participam da exploração ilegal de ouro e estão prontos para proteger a revolução chavista

28 de noviembre de 2019 2:46 PM Actualizado: 28 de noviembre de 2019 2:46 PM

Por Sabrina Martín, Epoch Times

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, investigou a possibilidade de intervenção militar na Venezuela. Isso foi afirmado em uma entrevista do ex-presidente do Brasil, Michel Temer.

Embora não esteja claro se o governo encarregado de Juan Guaidó solicitou uma coalizão militar internacional para resgatar a Venezuela, até agora a única certeza que existe, pelas palavras de Temer, é que os Estados Unidos mantiveram «sobre a mesa» a opção de uma intervenção.

Em entrevista ao jornal ALNavío, o ex-presidente brasileiro informou que Trump o convidou e aos então presidentes da Colômbia e Panamá, Juan Manuel Santos e Juan Carlos Varela, para jantar e lá ele apresentou as decisões que tomaria relacionadas à Venezuela e Nicolás Maduro.

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“Donald Trump nos perguntou como intervir na Venezuela (…) ele convidou a mim, ao presidente da Colômbia e ao do Panamá para jantar. Ele nos perguntou como intervir na Venezuela. Santos e eu dissemos a ele que tomaríamos medidas diplomáticas. Não faríamos nada no estilo militar”, disse ele.

Não é a primeira vez que se ouve que o presidente dos EUA analisou opções militares para recuperar a democracia na Venezuela. No Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e do Comando do Sul, foram realizadas reuniões que permitem pensar que «todas as opções estão sobre a mesa», como Trump afirmou repetidamente.

Deve-se lembrar que, em agosto, veio à tona que Trump propôs um embargo naval à Venezuela para forçar a saída de Maduro. Segundo o portal de notícias Axios, o presidente americano havia sugerido às autoridades de segurança nacional que seu país estacionasse navios da Marinha ao longo da costa venezuelana, a fim de impedir que mercadorias entrassem e saíssem do país. A proposta surgiu várias vezes. De fato, Trump disse recentemente que está disposto a implementar um embargo total contra o regime ditatorial comunista na Venezuela.

«Ele literalmente disse que deveríamos lançar mãos dos navios e fazer um embargo naval», disse uma fonte que ouviu os comentários do presidente. «Impedir que tudo entre», disse uma fonte.

A necessidade de intervenção militar

Na Venezuela, a maioria dos mecanismos diplomáticos foram implementados para a saída da tirania de Maduro. Os diálogos falharam, as sanções foram insuficientes e a pressão internacional ainda não mostrou resultados.

O chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, almirante Craig Faller, expôs de alguma forma todas as razões pelas quais a Venezuela precisa de uma coalizão militar internacional devido à séria ameaça que representa à segurança e à paz da região.

Em cada uma de suas intervenções, Faller deixou claro que o Comando Sul «está pronto» para agir e receber ordens do presidente dos Estados Unidos em relação à Venezuela. Além disso, ele mencionou como a situação no país sul-americano está cada vez mais fora de controle e que Maduro continua se apegando ao poder à custa de transações e ações criminosas.

O internacionalista Luis Nunes disse ao PanAm Post que «mais cedo ou mais tarde a saída para a Venezuela será uma intervenção militar», porque apesar de todas as sanções, Maduro permanece fortalecido graças às ações ilegais apoiadas por governos de esquerda.

O tirano conta na região com o governo do México, liderado por Andrés Manuel López Obrador. Não apenas o narcotráfico ligado à Venezuela age livremente naquele país, mas ele também permite que o regime de Maduro lucre com a compra de alimentos superfaturados.

A tirania também conta com os regimes da Rússia, China, Irã e Turquia, que se tornaram fortes aliados para ajudar Maduro a evitar sanções. A Rússia e o Irã continuam a fornecer ajuda militar, a China continua investindo na Venezuela e a Turquia é o principal país cúmplice na comercialização ilícita de ouro com a qual Maduro recebe o dinheiro que precisa tanto para permanecer no poder.

Outro país que se junta à lista é a Espanha que, segundo informações da agência de notícias, facilitou transações para a ditadura por meio de seu Banco Central. Além disso, o país lamenta as sanções não apenas contra Maduro, mas contra Cuba, e continua a investir na ilha, ajudando o regime de Castro e o ditador Miguel Díaz-Canel.

Como se não bastasse, a ditadura na Venezuela tem o apoio de paramilitares armados e a dos guerrilheiros colombianos do ELN e das FARC, que participam da exploração ilegal de ouro e estão prontos para proteger a revolução chavista.

“Há pessoas que dizem, com razão, que devemos dialogar, devemos discutir porque a solução pacífica é a mais apropriada; é claro que é, mas por quantos anos teremos que dialogar com um regime que responde com zombaria?”, disse Gustavo Tarre, representante do presidente encarregado Juan Guaidó perante a Organização dos Estados Americanos.

«A Venezuela é o centro de trânsito para o narcotráfico, talvez o mais importante do mundo, então como é que se lida com isso? Com o diálogo, com pétalas de rosa? (…) Aqui se faz necessária uma solução que requer necessariamente o uso da força; então, negar o uso da força é um erro”, concluiu.

Este artigo foi publicado originalmente por PanAmPost

O conteúdo desta matéria é de responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do Epoch Times

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