Apoio dos líderes do G-7 a Hong Kong atrai críticas veementes da China

Por EVA FU
28 de agosto de 2019 10:23 AM Actualizado: 28 de agosto de 2019 10:23 AM

Pequim criticou os governos estrangeiros por «interferirem» nos protestos de Hong Kong, um dia depois que líderes do G-7 expressaram preocupação com a região e pediram uma solução pacífica para a atual crise política.

«Eu gostaria de dizer aos membros do G-7, que parem com sua intromissão impertinente em busca de uma agenda oculta», disse Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, em uma conferência de imprensa em 27 de agosto. Ele acrescentou que a China «administrará seus próprios assuntos adequadamente».

Na segunda-feira, sete nações industrializadas, incluindo Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos, emitiram uma declaração coletiva na cúpula do G-7 pedindo à China que cumpra a Declaração Conjunta Sino-Britânica.

O tratado bilateral de 1984 foi elaborado para estipular como a soberania de Hong Kong seria transferida da Grã-Bretanha para a China em 1997, segundo a qual os dois lados concordaram em manter a autonomia e as liberdades do território não concedidas no continente, sob o modelo «um país, dois sistemas».

“O G-7 reafirma a existência e a importância do acordo sino-britânico de 1984 em Hong Kong e apela para evitar a violência”, de acordo com um comunicado divulgado após a conclusão da cúpula do G-7 na França.

Também na segunda-feira, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson fez um discurso no G-7, onde afirmou que os sete países tinham uma «profunda preocupação» por Hong Kong. Protestos em massa contra um projeto de extradição controverso e confrontos entre policiais e civis abalaram a cidade nos últimos meses.

“As nações do G-7 querem apoiar uma Hong Kong estável e próspera. E continuamos comprometidos coletivamente com a estrutura de ‘um país, dois sistemas’ ”, disse Johnson.

Os governos ocidentais manifestaram suas preocupações sobre as recentes ameaças do regime chinês de enviar tropas para reprimir protestos em Hong Kong e pediram ao regime chinês que honre as promessas feitas na Declaração Conjunta Sino-Britânica.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, pediu em 19 de agosto que a China “aja de maneira humanitária” e sugeriu a importância da questão de Hong Kong para as negociações comerciais em curso entre a China e os Estados Unidos.

«Para os Estados Unidos fazerem um acordo [comercial] com a China, Pequim precisa honrar seus compromissos, começando com o compromisso da China em 1984 de respeitar a integridade das leis de Hong Kong através da Declaração Conjunta Sino-Britânica», disse Pence em um discurso proferido no Clube Econômico de Detroit.

Em resposta às observações de Pence, a emissora estatal chinesa China Central Television, em seu programa de notícias no horário nobre da noite, afirmou que o tratado “se tornou um documento histórico” sobre a transferência de soberania de Hong Kong – uma alegação que o regime chinês usou no passado ao atacar países como o Reino Unido e os Estados Unidos que expressaram preocupações com a invasão da China nos assuntos de Hong Kong. O governo do Reino Unido declarou em várias ocasiões que a declaração ainda é juridicamente vinculativa.

O presidente Donald Trump, na cúpula do G-7, também mostrou apoio tácito a Hong Kong ao colocá-la no contexto da guerra comercial sino-americana.

Comentando a declaração do vice-premier chinês, Liu He, de que ele esperava por uma «solução tranqüila» na disputa comercial, Trump disse que a declaração de Liu também enviou uma mensagem positiva para Hong Kong.

“Eu acho que facilita para Hong Kong fazer alguma coisa. E acho que o presidente Xi fará algo com Hong Kong. Eu realmente acho que essa mensagem é uma boa mensagem com relação ao resultado final em Hong Kong”, disse Trump.

O repórter do Epoch Times, Frank Fang, contribuiu para este relatório.

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