A ‘Guerra Fria’ nunca terminou: China luta secretamente há quase três décadas

Por HONG WEI
09 de diciembre de 2019 11:29 PM Actualizado: 10 de diciembre de 2019 4:42 AM

Comentário

As pessoas no mundo ocidental aplaudiram e comemoraram quando o comunismo entrou em colapso na Europa Oriental entre 1989 e 1990 e depois na União Soviética em 1991. A Guerra Fria acabou e a ameaça de uma verdadeira guerra se dissipou. Parecia que a paz e a prosperidade que todos ansiavam finalmente havia chegado.

No entanto, como a atual guerra comercial entre os Estados Unidos e a China que aumentou em 2018 e se intensificou em 2019, muitas pessoas acreditam que estamos começando a testemunhar uma nova Guerra Fria. Na verdade, os Estados Unidos não querem iniciar um novo capítulo da Guerra Fria.

A verdade é que Washington finalmente percebeu que a Guerra Fria nunca terminou, já que o Partido Comunista Chinês (PCC) tem estado em guerra todos esses anos.

Simplificando, o Ocidente pensou que havia conquistado uma vitória real sobre seus oponentes 28 anos atrás, mas não foi uma vitória completa. Desde então, o PCC continuou  a Guerra Fria em segredo, de uma maneira muito diferente da antiga União Soviética. Mas em 2018 quando os Estados Unidos perceberam e aceitaram o desafio, é que isso passou a ser chamado de nova Guerra Fria.

Mal avaliada pelo Ocidente

A Guerra Fria foi quase meio século de confronto entre os Estados Unidos e a União Soviética e seus aliados, após a Segunda Guerra Mundial. Em geral, considera-se que a Guerra Fria começou em 1947 e terminou em 1991.

Durante a Guerra Fria, todos os presidentes dos Estados Unidos adotaram uma estratégia importante: dividir o campo socialista. Em geral, eles separariam o regime comunista chinês do resto da esfera comunista.

Depois que o regime comunista chinês assumiu o poder em 1949, sua política externa favoreceu apenas a União Soviética. Além disso, solicitado por Stalin, o PCC participou da Guerra da Coreia para lutar contra os americanos.

No entanto, a China e a União Soviética não se deram bem por muito tempo. O ex-líder chinês Mao Tsé-Tung tentou competir com a União Soviética pelo domínio no campo socialista. Como resultado, as duas nações se tornaram hostis uma à outra no final da década de 1950. Em 1964, o conflito se intensificou quando a China e a União Soviética se separaram ao tentar resolver disputas fronteiriças, seguidas de numerosos confrontos militares em tod a  fronteira em 1969. A China enviou 810.000 soldados e a União Soviética 1.180.000 soldados que estavam se preparando para ir à guerra. Os principais líderes chineses evacuaram Pequim porque temiam que a União Soviética iniciasse uma guerra nuclear contra a China a qualquer momento.

Os Estados Unidos ficaram satisfeitos ao descobrir que o conceito de «comunismo monolítico» havia sido um mal-entendido e decidiram ajudar a China. O governo de Nixon ameaçou realizar uma guerra nuclear contra a União Soviética e, assim, ajudou o PCC a evitar uma grande crise.

Em 1972, quando o ex-presidente Nixon visitou a China, o PCC considerou uma oportunidade valiosa estabelecer laços com o Ocidente para combater a União Soviética. Em outras palavras, o PCC tomou a iniciativa de se separar do campo socialista. Nos anos seguintes, o PCC parecia desempenhar um papel neutro no meio da Guerra Fria, dando a impressão de ser muito diferente dos outros países socialistas.

Após o colapso da União Soviética em 1991, o Ocidente acreditava que a Guerra Fria havia terminado. Embora algumas pessoas tenham apontado que a China ainda era um país que adotava a ideologia socialista, o gigante asiático continuou a cometer graves violações dos direitos humanos e nunca tentou corrigir seus erros cometidos durante o massacre da Praça Tiananmen, e a maioria dos países ocidentais não viram a enorme ameaça representada pelo PCC, nem perceberam nos últimos anos que o PCC estava realizando uma nova forma de Guerra Fria durante esse período.

O segredo da «Guerra Fria» do PCC

Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais não ficaram mais atentos à ameaça comunista após o colapso da União Soviética. Além disso, ajudaram a China comunista a ingressar na Organização Mundial do Comércio (OMC) e ofereceram grandes quantidades de tecnologia avançada, acreditando que um dia o PCC reformaria seu sistema político e melhoraria os direitos humanos. O PCC aproveitou ao máximo todos os esforços feitos de boa vontade.

Muitas autoridades comunistas chinesas rapidamente se tornaram milionárias através da corrupção. Elas aprenderam a vestir ternos caros, enviaram seus filhos para escolas particulares no exterior e transferiram seus bens para o exterior.

Com a chegada na China de um grande número de empresas financiadas com fundos estrangeiros, milhões de trabalhadores chineses mal remunerados não apenas trabalharam para empresários estrangeiros, mas também ajudaram a acumular continuamente reservas de divisas para o PCC. O PCC descobriu que atrair investimentos estrangeiros era um método melhor para explorar o povo chinês, porque agora eles podiam explorar os trabalhadores chineses de maneira mais eficiente e em maior escala.

Inicialmente, os principais líderes chineses ficaram assustados com o colapso da União Soviética. Por ser um dos poucos países comunistas restantes, eles pensaram que a China seria o alvo de todo o mundo ocidental. Mas quando as nações ocidentais baixaram a guarda e deram à China o presente da «modernização», os líderes chineses ficaram lisongeados.

O ex-chefe do Partido Comunista, Deng Xiaoping, propôs uma estratégia de «manter um perfil baixo e aumentar nossa força em segredo», e que sempre foi reverenciada como uma das diretrizes mais importantes pelos sucessores de Deng. Isso, simplesmente significava que, enquanto a China continuasse travando a Guerra Fria, o PCC manteria sua verdadeira motivação oculta, dando-se tempo suficiente para acumular mais reservas cambiais, roubar mais tecnologia e se infiltrar ainda mais no Ocidente. O plano era e desafiar a hegemonia dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos também permitiram que o PCC dominasse a tecnologia da Internet. No nível nacional, o PCC estabeleceu o grande firewall da Internet «Golden Shield» para bloquear o fluxo de informações para o público chinês. Internacionalmente, o PCC não apenas contratou um grande número de especialistas em internet como parte de sua equipe de propaganda no exterior, como também treinou inúmeros hackers para roubar informações ou danificar sites de alto nível nos países ocidentais. .

É uma nova forma de Guerra Fria, muito diferente da anterior, pois é unilateral e foi combatida secretamente porque não havia confronto político frontal, e aproveitou ao máximo a globalização econômica. Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais foram enganados por um longo tempo.

O PCC traz à luz sua «Guerra Fria»

O PCC está travando uma Guerra Fria secreta para destruir secretamente os países democráticos ocidentais livres, mas afirma que seu relacionamento com o Ocidente é uma cooperação amigável. Mas foi nos últimos anos que o PCC gradualmente trouxe à luz sua Guerra Fria.

Diplomaticamente, o PCC se tornou cada vez mais antagônico ao Ocidente, competindo por votos nas Nações Unidas e até se tornando membro do Conselho de Direitos Humanos. Ele também tem lutado pela liderança em outras organizações internacionais. Os porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores da China agora falam em um tom muito mais arrogante e duro.

Além disso, o PCC controla e manipula países rebeldes como Coreia do Norte, Irã e Cuba, países que cometem abertamente atos de maldade, e a China secretamente os apoia e instrui.

O PCC também está cortejando países do terceiro mundo e nações menos influentes com sua iniciativa «Um cinturão. Uma rota.» (OBOR), que é quase equivalente a estabelecer um novo escopo multinacional liderado pelo regime chinês e uma preparação estratégica para o PCC enviar suas forças militares em todo o mundo.

Para construir seu exército, o PCC aproveita todas as oportunidades para roubar tecnologia militar de alto nível dos países desenvolvidos, investe enormes quantias de dinheiro na modernização militar, freqüentemente realiza exercícios militares de alto nível e está construindo ilhas artificiais como bases militares no Mar do Sul da China, provocando a ira dos países vizinhos. O pior de tudo é que os mísseis de médio e longo alcance do PCC visam principalmente o território dos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, vale ressaltar que o PCC se orgulha de sua força nacional ao fabricar seus dados econômicos. Por exemplo, Pequim diz que, sendo a segunda maior economia do mundo, a China mantém uma alta taxa de crescimento do PIB. No entanto, os dados econômicos da China são muito inflados e uma grande porcentagem de sua população continua vivendo na pobreza.

Da mesma forma, quando o PCC proclama que desenvolveu uma tecnologia de ponta, geralmente significa que ainda está na fase de pilhagem e replicação e que os pesquisadores chineses têm muito a aprender e experimentar para entendê-la completamente.

As pessoas já viram através da Guerra Fria que a China tem lutado secretamente. A verdadeira natureza do PCC e sua grande mentira em respeitar a política de «um país, dois sistemas» foi totalmente revelada por Pequim nos protestos de Hong Kong.

A nova Guerra Fria começou de todas as maneiras. Ela não é mais um monólogo interpretado pelo PCC. Os Estados Unidos e seus aliados estão levando isso mais a sério. Esta Guerra Fria não durará décadas como a anterior, porque a esfera democrática livre do Ocidente supera substancialmente a China em todos os aspectos.

O PCC poderá entrar em colapso em breve, como a antiga União Soviética, seu antigo «irmão mais velho». Esse também é o destino trágico do PCC, um regime maligno que decide teimosamente continuar lutando, ao estar condenado ao fracasso.

As opiniões expressas neste artigo são de opinião do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.

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