O enviado especial dos EUA para a Venezuela, Elliott Abrams, denunciou na sexta-feira (20) que deputados da opositora Assembleia Nacional estão sendo chantageados pelo regime de Nicolás Maduro para que não apoiem Juan Guaidó nas próximas eleições internas do legislativo.
«O regime está usando uma combinação de ameaças, prisões e subornos de até US$ 500 mil por voto para impedir a reeleição de Juan Guaidó», disse Abrams em entrevista coletiva em Washington DC.
O diplomata acusou o regime chavista de «tentar controlar a Assembleia Nacional», impedindo «eleições livres» em 2020.
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«Qualquer pesquisa feita mostra o óbvio: a oposição vencerá (a presidência da AN) se [as eleições] forem livres», disse Abrams.
Em 5 de janeiro, os deputados da AN deverão escolher um novo líder, cargo atualmente ocupado por Guaidó e que lhe permitiu se posicionar como presidente interino do país em 23 de janeiro de 2018.
As declarações de Abrams fazem eco às alegações apresentadas por vários membros do partido de Guaidó, o Vontade Popular, no início do mês, do pagamento de propina em troca de uma votação contra o atual presidente interino.
Abrams disse que recebeu informações de que deputados da oposição aceitaram os pagamentos. No entanto, ele disse que não é um fenômeno «suficientemente generalizado para mudar o resultado» das eleições.
«Acho que até o dia de hoje Guaidó tem os votos necessários para ser reeleito», afirmou o diplomata.
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