Por Ricardo Roveran, Terça Livre
Por voltas das 21h da noite de domingo (27/10), com mais de 90% das urnas apuradas, Alberto Fernández comemorava a vitória. Ele obteve, até aquele momento, 47,78% dos votos, fato que descartou um segundo turno. Alberto Fernández é da coalizão de esquerda Frente de Todos e sua vice é a senadora Cristina Kirchner, ex-presidente do país. Mais de 80% dos eleitores compareceram à votação.
Mauricio Macri, o atual presidente, até o momento tem 40,73% dos votos. Ele, que é da coalizão Juntos por el Cambio, tem como vice Miguel Ángel Pichetto.
Na Argentina, para vencer as eleições em primeiro turno, é necessário obter 45% dos votos ou 40% e dez pontos de vantagem em relação ao segundo colocado.
Mauricio Macri, que assumiu em 2015, deixa um país com uma grave crise econômica e social; com inflação este ano prevista para 55%; 30% das pessoas vivendo na pobreza e os sem-teto representando quase 10% da população.
Além de presidente e vice-presidente, serão eleitos 130 deputados e 24 senadores. Também serão escolhidos governadores das províncias de Buenos Aires, Catamarca e La Rioja, além de prefeitos de várias cidades.
O novo governante assume dia 10 de dezembro. O mandato presidencial é de 4 anos e é permitida apenas uma reeleição.
Quem é
Alberto Fernández participou do governo de Néstor Kirchner, entre 2003 e 2007, como chefe do Gabinete de Ministros, e continuou no primeiro governo de Cristina Kirchner.
No ano seguinte, em 2008, Fernández renunciou em meio a uma crise e se tornou crítico do governo de Cristina. Ano passado, dez anos depois de romperem, houve uma reaproximação entre os dois. Alberto, então, se tornou candidato à presidência, convidado por Cristina para compor a chapa.
Ele é advogado e professor de direito penal e civil argentino, e dá aulas na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA).
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