Alianças secretas e corrupção: como o PT manteve seu poder no Brasil

Quando o Partido dos Trabalhadores estava no governo seu objetivo era impedir que os regimes comunistas latino-americanos fossem extintos

Por FERNANDO DE CASTRO, ESPECIAL PARA O EPOCH TIMES
29 de octubre de 2019 11:59 PM Actualizado: 30 de octubre de 2019 4:14 AM

Análise de Notícias

RECIFE, Brasil – A eleição do presidente conservador Jair Bolsonaro em 2018 pôs fim ao governo de esquerda do Partido dos Trabalhadores, eleito pela primeira vez nas eleições gerais de 2002 no Brasil.

Luiz Inácio Lula da Silva foi presidente do Brasil de 2003 a 2010 e foi sucedido por Dilma Rousseff, que foi reeleita em 2014. No entanto, seu mandato foi interrompido em 2016 depois que seu partido estava no poder há 13 anos.

Dilma foi submetida ao impeachment por manipular supostamente  as contas orçamentárias. O vice-presidente Michel Temer, do PMDB, assumiu o poder, permanecendo no cargo até 2018. O ex-presidente Lula está preso desde abril de 2018 por corrupção e lavagem de dinheiro.

O Partido dos Trabalhadores foi a fonte de vários escândalos de corrupção durante o período em que Lula e Dilma estiveram no cargo, embora o partido tenha ganhado fama nos anos 90 por lutar contra a corrupção e por uma política de mais transparência e honestidade com o público.

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O Partido dos Trabalhadores também formou muitas parcerias com as ditaduras comunistas latino-americanas e por meio do Foro de São Paulo, incluindo as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), conhecidas internacionalmente por suas atividades terroristas e narcotráfico. A organização nega qualquer vínculo formal com as FARC, no entanto, entrevistas e registros de líderes com a organização mostraram que as FARC participam de seus eventos.

Criado por Lula e pelo líder comunista cubano Fidel Castro em 1990, o Foro de São Paulo é uma entidade internacional composta por aproximadamente 200 partidos socialistas e comunistas da América Latina.

Em 1995, foi aprovada uma lei no Brasil que exige o cancelamento do registro de partidos políticos subordinados a entidades ou governos estrangeiros. Mas nada foi feito para cancelar o registro do Partido dos Trabalhadores ou de outros partidos de esquerda que fazem parte do Foro de São Paulo.

Refém mantido por um grupo criminoso

Segundo Olavo de Carvalho, filósofo brasileiro e especialista em marxismo, a luta do Partido dos Trabalhadores contra a corrupção em 1990 pretendia desviar a atenção das pessoas das alianças que foram formadas com o Foro de São Paulo.

Olavo de Carvalho, filósofo (Josias Teófilo)
Olavo de Carvalho, filósofo (Josias Teófilo)

Carvalho estuda marxismo há mais de 50 anos e é considerado um dos pensadores mais importantes do Brasil. Ele é autor de 28 livros e ministra um curso on-line de filosofia.

Na década de 1990, Carvalho foi colunista de vários jornais, mas quando expôs documentos que provavam a união do Partido dos Trabalhadores com grupos comunistas, terroristas e narcotráfico, ele perdeu o emprego na mídia e foi acusado de ter criado uma teoria da conspiração.

Em entrevista ao Epoch Times, Carvalho disse que o Foro de São Paulo é o maior grupo político que já existiu nas Américas e seu objetivo é implementar ditaduras socialistas nos países da América Latina, fomentando o crime organizado.

“O problema não era apenas a corrupção do Foro, mas seu objetivo, que procurava financiar criminosos, fortalecer o desarmamento da população e criar um comunismo ainda mais agressivo na América Latina”, explicou Carvalho.

Contradições

A linha oficial do Foro de São Paulo é que as FARC não são formalmente membros da organização e foram impedidas de participar de algumas reuniões. No entanto, em ocasiões anteriores, a organização terrorista participou das atividades do Foro, conforme citado pelo então porta-voz das FARC Raul Eyes em uma entrevista em 2003, publicada em uma mídia brasileira.

Reyes disse que conheceu Lula no Brasil em um evento no Foro de São Paulo em 1996, e que também conheceu o falecido líder venezuelano Hugo Chávez lá.

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O Foro de São Paulo também afirma oficialmente ser uma organização que permite debates entre partidos de esquerda. No entanto, Lula disse em 2005 que a organização permite que ele se envolva na política em outros países sem que pareça uma interferência política.

As reuniões da organização geralmente terminam com a adoção de uma série de diretrizes, denominadas «Declaração Final», com a expectativa de que os Estados membros adotem esses pontos de acordo mútuo.

Ocultando o Foro do Público

A imprensa brasileira, segundo Carvalho, tentou ativamente impedir que as ações do Foro fossem divulgadas ao público.

“Os jornais brasileiros sempre ocultaram a existência do Foro de São Paulo, para que a população não conhecesse a verdadeira face do Partido dos Trabalhadores, que sempre procurou se aliar a traficantes de drogas e ditadores para ganhar poder», afirmou.

Quando o Partido dos Trabalhadores estava no governo, o filósofo disse que seu objetivo era impedir que os regimes comunistas latino-americanos fossem extintos.

“As ditaduras comunistas estavam todas quebradas e Lula lhes deu apoio financeiro para impedir o fim do comunismo. Foi por isso que em 2007 as FARC enviaram uma carta ao então presidente brasileiro, parabenizando-o por salvar o comunismo latino-americano”, acrescentou Carvalho.

Segundo a historiadora e deputada estadual do Partido Social Liberal Ana Caroline Campagnolo, o governo Bolsonaro procurou combater os socialistas, encerrando o financiamento para ONGs de esquerda e introduzindo novas políticas públicas.

“Bolsonaro está trazendo novas ideias para seu governo e está tentando confrontar os socialistas para impedir que eles sabotem seu governo. Nesse sentido, os conservadores precisam ocupar os espaços do debate público para impedir que esquerdistas voltem ao poder”, afirmou ela. .

Como forma de apresentar uma alternativa ao discurso socialista, vários grupos conservadores estão surgindo no Brasil, oferecendo estudos de autores conservadores e fornecendo apoio político ao Presidente Bolsonaro.

Este artigo é o primeiro de uma série de várias partes sobre a ascensão do socialismo no Brasil e na América do Sul.

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