O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Felipe Solá, e seu colega brasileiro, Ernesto Araújo, mantiveram uma extensa conversa na quinta-feira na qual concordaram em estabelecer uma «linha direta» para discutir políticas comuns de relações comerciais entre os dois países, informaram fontes oficiais.
«A relação entre Argentina e Brasil é entre dois países irmãos que historicamente mantêm relações comerciais, culturais e políticas frutíferas», disse o ministro das Relações Exteriores da Argentina em uma teleconferência com Araújo que durou uma hora e meia.
O Ministério das Relações Exteriores, o Comércio Internacional e o Culto Argentino indicaram em comunicado que Araújo convidou Solá para ir à Brasília, e ele viajará para o país vizinho em 31 de janeiro.
O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina, mas o relacionamento entre os dois países ficou tenso após a vitória nas eleições do último país do peronista Alberto Fernández, com quem o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, tem profundas diferenças ideológicas.
No entanto, em seu discurso de posse, Fernández apelou à “irmandade” com o Brasil e expressou sua disposição de deixar de lado a “diferença pessoal” com o presidente brasileiro.
Os chanceleres concordaram com a necessidade de dar importância à participação dos setores privados nas negociações comerciais entre os dois países e de fortalecer o Mercosul – um bloco comercial formado pela Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai – como um espaço que deve permanecer primordial.
Nesse sentido, o brasileiro afirmou que seu país estava disposto a aprovar o acordo de livre comércio assinado em junho entre o Mercosul, a União Européia, que ainda não entrou em vigor desde que seja ratificado nos parlamentos dos países membros.
Por seu lado, Solá vinculou esse ponto ao impacto sobre a indústria argentina e à opinião de empregadores e trabalhadores.
Da mesma forma, os dois ministros decidiram discutir os descontos para o setor da Tarifa Externa Comum do Mercosul (AEC) por setor, em consulta com os possíveis afetados.
Também participaram da conversa o secretário de Política Externa da Argentina, Pablo Tettamanti, o chefe do Ministério das Relações Exteriores, Guillermo Chaves e o futuro embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli.
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