O ex-vice-presidente Joe Biden continua sendo o favorito para a indicação presidencial democrata em grande parte devido ao apoio massivo dos eleitores negros. Uma pesquisa da CNN feita há duas semanas mostrou que Biden superou seus rivais com uma preferência de 28%, com o senador Bernie Sanders, democrata da Virgínia, e a senadora Elizabeth Warren, democrata de Massachusetts, com 17% e 14%, respectivamente.
O apoio de Biden entre os eleitores negros tem sido fundamental. Em sua pesquisa, a CNN escreve: “A média de Biden foi de 49% entre todos os potenciais eleitores negros das primárias democratas nas nossas duas últimas pesquisas nacionais da CNN. Isso é suficiente não apenas para uma vantagem de 35 pontos sobre seus concorrentes democratas, mas também para vencer todos eles combinados em cerca de 10 pontos.”
Biden, que se orgulha de seu relacionamento com os eleitores negros, claramente se beneficia de seus oito anos de serviço ao popular Barack Obama.
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Mas a maioria dos negros sabe que há décadas Biden se gabava de “marchar” e “protestar” pela “abolição da segregação em cinemas e coisas assim” – e que não há evidências de isso?
Em campanha em Iowa na semana passada, Biden disse: “Bem, eu recebi minha educação… na igreja negra. Não é uma piada, porque quando nos organizávamos aos domingos para sair às ruas exigindo a abolição da segregação nos cinemas e coisas assim, fazíamos isso através da igreja negra. Tenho que admitir que fui à minha missa católica às 7:30 e depois apareci na igreja negra.”
É uma narrativa, ou a versão mais recente de uma narrativa que o impulsionou por décadas.
Em 1983, na Convenção Democrata de Nova Jérsei, Biden disse: “Quando eu tinha 17 anos, participei de protestos para abolir a segregação em restaurantes e cinemas. E meu estômago ficou embrulhado quando ouvi as vozes de Faubus (governador democrata do Arkansas, Orval) e Wallace (governador democrata do Alabama, George). Minha alma ficou furiosa ao ver Bull Connor e seus cães.» Ele terminou seu discurso enxugando as lágrimas dos olhos.
O jornal The Baltimore Sun entrevistou Biden em 1986 e relatou que: «Quando eu era jovem, participei de protestos em restaurantes para abolir a segregação ao longo da Rota 40 em Delaware». Um artigo do Morning News, em setembro de 1975, disse que Biden «se uniu aos protestos feitos em restaurantes para abolir a segregação ao longo da Rota 40 antes de ingressar no Senado». Em fevereiro de 1987, na convenção democrata da Califórnia, Biden repetiu: «Quando eu tinha 17 anos, participei de protestos dentro de restaurantes e cinemas em Wilmington, Delaware».
Alguns meses atrás, o The New York Times escreveu: “Em … 1987… mais de uma vez, os assessores lembraram gentilmente o Sr. Biden do problema com essa formulação: ele realmente não havia saído durante o movimento pelos direitos civis. E mais de uma vez, o Sr. Biden garantiu a eles que ele entendeu e continuou contando a história de qualquer maneira.»
De acordo com um artigo do The Atlantic: «Em setembro de 1987, o assessor de imprensa de sua campanha esclareceu ao The New York Times que Biden ‘participou da manifestação para abolir a segregação de um determinado restaurante e um determinado cinema’. Ou, como Biden explicou uma vez em uma entrevista coletiva em 1987, ele havia se preocupado com os direitos civis quando era adolescente, mas não estava protestando.”
Mas há alguma prova da afirmação mais modesta de Biden? Não, de acordo com o conservador Washington Examiner: “Ativistas de direitos civis em Wilmington e na Universidade de Delaware, quando Biden era estudante, disseram que não se lembravam dele participando de nenhuma manifestação. Um historiador que escreveu um livro sobre o Projeto Rota 40 (referindo-se à ação para abolir a segregação dentro de restaurantes nessa rota) e o movimento pela liberdade de viajantes disse que não estava ciente da participação de Biden.
“Na Universidade de Delaware, onde Biden era calouro, um grupo chamado Comitê Estudantil Contra a Discriminação estava tomando iniciativa em manifestações relacionadas à Rota 40. … Um dos líderes do grupo, Duane Nichols, estudante de graduação naquela época, disse ao Washington Examiner que havia compilado a lista de restaurantes segregadores que o CORE apontou ao longo da Rota 40. Ele disse que não se lembra de que Biden participou de atividades de protesto.”
Rachel Dolezal, uma mulher branca, mentiu, alegando que era negra, e se tornou a chefe da seção da NAACP. A senadora Warren se proclamou falsamente como nativa americana antes de admitir que não era. Quanto às afirmações repetidas e não verificadas de Biden de haver protestado contra a segregação na adolescência, para quando podemos esperar que a mídia de viés esquerdista aplique um escrutínio semelhante ao de Trump? Se a mídia não o fizer, Trump o fará.
Larry Elder é autor de best-sellers e apresentador de um programa de rádio de entrevistas, exibido nacionalmente. Para saber mais sobre Larry Elder, ou se tornar um “Elderado”, visite www.LarryElder.com ou siga Larry no Twitter @LarryElder.
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