Por Isabel Van Brugen, Epoch Times
O candidato democrata à presidência dos EUA Joe Biden propôs, em 4 de dezembro, aumentar os impostos sobre os ricos e as empresas em pelo menos US$ 3,4 bilhões ao longo de uma década para investir em infraestrutura, ensino superior e cuidados de saúde como parte de seus planos de política, caso seja eleito.
De acordo com a proposta que detalha seus possíveis planos futuros, o ex-vice-presidente propôs uma medida para empresas como Amazon.com Inc. e Netflix Inc. que, há vários anos, relatam não pagar imposto de renda federal, disse Bloomberg, que obteve uma cópia do esboço.
Biden pretende arrecadar cerca de US$ 400 bilhões através por meio de um imposto mínimo de 15% sobre a receita que as empresas mais rentáveis reportam em seus livros, diz sua campanha. O dinheiro seria destinado a um investimento de US$ 1,7 bilhão para as medidas necessárias de enfrentamento à mudança climática e o desenvolvimento de outras infraestruturas.
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O ex-vice-presidente criticou no início deste ano a lei federal de imposto zero para a Amazon em 2018 e disse que nenhuma empresa que fatura bilhões de dólares deveria poder pagar uma taxa de imposto mais baixa do que os bombeiros e professores. A Amazon disse que paga «cada centavo» que deve.
Antes da apresentação da última proposta de Biden na quarta-feira, esse homem de 77 anos havia falado em grande parte em pressionar por políticas que não podiam passar pelo Congresso desde que ocupou o cargo de vice-presidente durante o governo Obama, bem como reverter aspectos dos cortes de impostos republicanos em 2017.
As novas medidas farão com que a taxa de impostos corporativos aumente de 21% para 28%, um aumento de 2,6% na taxa máxima de cidadãos de 37% para 29,6% e a tributação de ganhos de capital não realizada em caso de falecimento. Biden propõe investir US$ 750 bilhões em saúde e educação superior, tributando pessoas de alta renda e cobrando uma taxa mais alta sobre ganhos de capital e dividendos de pessoas ricas.
As empresas com um lucro líquido de pelo menos US$ 100 milhões que não pagam impostos federais e estrangeiros de pelo menos 15% teriam que pagar um imposto mínimo de acordo com os planos de Biden, de acordo com a proposta.
As propostas de Biden permanecem menos agressivas do que as de candidatas presidenciais rivais, como a senadora Elizabeth Warren (Dem.-Massachusetts) e o senador Bernie Sanders (Ind.-Vermont), que pretendem arrecadar um valor muito maior de receita tributária começando com os americanos e as empresas mais ricas do país.
Warren, de 70 anos, propôs um «imposto ultramilionário» no início deste ano que implementaria «um imposto anual de 2% sobre cada dólar de patrimônio líquido acima de US$ 50 milhões e um imposto de 3% sobre cada dólar do patrimônio líquido acima de US$ 1 bilhão.
Se os ricos tentarem deixar os Estados Unidos se o imposto for aprovado, seria incluído um «imposto de saída» de 40% sobre o patrimônio líquido acima de US$ 50 milhões para qualquer cidadão americano que renuncie à cidadania.
Warren aumentou o imposto proposto para os bilionários em seu plano de seguro de saúde para todos lançado recentemente. «Hoje, vou dar um passo além. Ao pedir aos bilionários que contribuam com seis centavos por cada dólar de patrimônio líquido que exceda um bilhão de dólares, podemos arrecadar um bilhão de dólares a mais em receita e fechar a lacuna entre o que as famílias de classe média pagam como porcentagem de sua riqueza e o que o décimo de um por cento paga», escreveu ele.
Warren também propôs a criação de vários novos impostos, incluindo impostos adicionais sobre ganhos de capital.
Sanders, enquanto isso, aumentaria os impostos de quase todos os americanos para pagar seu plano socialista Cuidados Médicos Para Todos, propondo um imposto específico pela primeira vez. Na semana passada, esse homem de 78 anos disse à plateia que iria instituir um imposto de renda de 4% sobre quem ganha mais de US$ 29 mil por ano.
Embora Sanders tenha declarado anteriormente que os impostos aumentarão para que a classe média possa pagar seguro médico para todos, ele não entrou em detalhes.
Stef Feldman, diretor de políticas de campanha de Biden, disse em comunicado que o candidato «está comprometido em ser transparente com o povo americano sobre as maneiras inteligentes e eficazes pelas quais ele pagaria pelas mudanças ousadas que propõe».
Reuters e Zachary Stieber contribuíram para esta matéria
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