Bolsonaro e Xi decidem fortalecer e diversificar ‘associação estratégica’

Líder comunista da China espera “um brilhante futuro” para a cooperação entre os dois países

Por Mônica Stephitch
26 de octubre de 2019 3:46 PM Actualizado: 27 de octubre de 2019 8:33 AM

Com o objetivo de fortalecer e tornar mais diversificada a “associação estratégica” entre os dois países, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e o líder comunista da China, Xi Jinping, firmaram acordos nas áreas de educação, tecnologia, ciência, energia, agricultura e comércio.

No encerramento da visita de Bolsonaro à China, os dois signatários declararam sua «determinação de ampliar ainda mais o fluxo comercial» e o compromisso de «estimular a diversificação dos produtos» comercializados.

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Prometeram também impulsionar «os fluxos recíprocos de investimento a fim de buscar novas complementaridades e oportunidades econômicas». Os dois vislumbraram também «possíveis sinergias» entre as diretrizes de crescimento e investimento brasileiras e os projetos internacionais da China.

Xi e Bolsonaro anunciaram o lançamento de um satélite compartilhado em dezembro próximo como primeiro passo para a colaboração mútua no setor espacial. Eles querem também incrementar a troca de cientistas e a parceria em pesquisas científicas e empresas tecnológicas.

Os dois líderes também expressaram a vontade de aumentar a colaboração em fóruns internacionais. Bolsonaro convidou Xi para assistir à cúpula do BRICS que vai ser realizada no Brasil em novembro.

Xi recepcionou Bolsonaro no Grande Palácio do Povo em Pequim nesta sexta-feira. O presidente brasileiro também se encontrou com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang.

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Conforme divulgado pela agência oficial chinesa Xinhua, o líder comunista da China espera “um brilhante futuro” para a cooperação entre os dois países, salientando que continua “inalterada” a decisão chinesa de manter relações com o Brasil de forma “estratégica e em longo prazo”.

O líder comunista chinês declarou que o mundo na atualidade está «marcado por mudanças que não foram vistas em um século» e que «a tendência à paz, ao desenvolvimento e à cooperação em benefício mútuo» ainda se mantém, sendo este o momento para que países em desenvolvimento e mercados emergentes como Brasil e China desfrutem de crescimento.

Vários acordos foram assinados durante a visita de Bolsonaro, dentre eles o de reconhecimento mútuo de operadores econômicos autorizados, que trará mais agilidade às operações comerciais e reduzirá os custos alfandegários entre os dois países.

Outros acordos contemplam o estímulo aos investimentos em energias renováveis, intercâmbio acadêmico e de jovens cientistas e a abertura de laboratórios conjuntos para o melhoramento genético da soja, principal produto exportado pelo Brasil à China.

Foram assinados também dois acordos sobre a questão sanitária: um regulamenta a exportação de carne bovina termoprocessada e o outro trata da exportação de farelo de algodão como ração.

Com informações da Agência EFE.

 

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