Presidente Jair Bolsonaro disse que o general iraniano Qasem Soleimani estava envolvido no ataque ao centro comunitário judeu na Argentina em 1994, que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos.
O presidente brasileiro disse em 3 de janeiro, em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, que Qasem Soleimani estava envolvido no ataque mortal à Associação Mutual Israelita (AMIA), centro da comunidade judaica localizada na Argentina. A explosão ocorreu em 18 de julho de 1994 às 9:53 e destruiu os sete andares do edifício, além de afetar os edifícios próximos.
«De acordo com o que temos constatado da vida anterior dessa autoridade iraniana que morreu ontem, segundo informações aqui, uma pessoa envolvida em ataques contra a entidade judaica que existia na Argentina, que deixou 85 mortos em 1994», disse Bolsonaro em uma entrevista.
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“Então sua vida anterior [de Soleimani] foi amplamente dedicada ao terrorismo e aqui no Brasil, nossa posição é bastante simples. Tudo o que pudermos fazer para combater o terrorismo, nós faremos”, acrescentou Bolsonaro.
Ele também expressou qual é a posição do Brasil em relação à morte de Soleimani.
“Nossa posição é nos aliarmos a qualquer país do mundo na luta contra o terrorismo. Sabemos o que o Irã representa para seus vizinhos e para o mundo”, afirmou.
Bolsonaro ressaltou que o terrorismo «não pode ser considerado um problema exclusivo do Oriente Médio e dos países desenvolvidos» e, a esse respeito, afirmou que «o Brasil não pode permanecer indiferente a essa ameaça, que afeta até a América do Sul».
«O Brasil acompanha de perto o desenrolar das ações no Iraque, incluindo seu impacto nos preços do petróleo, e mais uma vez apela à unidade de todas as nações contra o terrorismo em todas as suas formas», afirmou.
A principal preocupação do Brasil em relação a esse conflito é que aconteça um forte aumento nos preços internacionais do petróleo, no momento em que o país sul-americano se recupera economicamente de maneira muito lenta e gradual.
A esse respeito, Bolsonaro disse em declarações à imprensa na sexta-feira que o governo tomará medidas caso a crescente tensão no Oriente Médio continue, embora sem interferir na política de preços da companhia estatal de petróleo Petrobras.
O jornal The New York Times também observou em reportagem recente que Qasem Soleimani estava ligado ao ataque à Embaixada de Israel na Argentina nos anos 90.
Em 17 de março de 1992, o ataque à embaixada foi feito através de carro carregado de explosivos. Foi um ataque suicida, segundo o jornal Deutsch Welle (DW).
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