O lançamento do satélite CBERS-4A, desenvolvido pelo Brasil em parceria com a China está marcado para o dia 20, à 0h21, horário de Brasília. O equipamento será lançado a partir do Centro de Lançamento de Satélite de Taiyuan (TSLC – Taiyuan Satellite Launch Center), no país asiático. O evento foi mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro em uma publicação no Twitter, na tarde desta segunda-feira (9).
«No próximo dia 20, serão lançados, da China, o satélite CBERS-4A, para monitoramentos diversos, e o nanossatélite Floripasat. Montado no INPE, com parte de tecnologia nacional, o CBERS-4A faz parte de um acordo de cooperação com a China desde 1988», escreveu o presidente.
– Já o Floripasat é um cubesat desenvolvido pela UFSC, como parte de suas atividades acadêmicas. O CLA continua em preparação para lançar satélites do Brasil, entre eles os brasileiros, de pequeno porte, a partir de 2021.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 9, 2019
O CBERS-4A é o sexto satélite desenvolvido pelo Programa CBERS, acordo firmado em 1988 pelos governos brasileiro e chinês. A parceria garantiu aos dois países o domínio da tecnologia do sensoriamento remoto para observação da Terra. O satélite fornecerá imagens para monitorar o meio ambiente, como identificação de desmatamentos e desastres naturais, e para acompanhar a expansão agropecuária, das cidades, a situação de reservatórios de água, dos rios e da região costeira, entre outras aplicações.
Com mais de 30 anos, o programa está em sua segunda geração de satélites. De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o CBERS-4A leva a bordo duas câmeras brasileiras (MUX e WFI) e uma chinesa (WPM).
A MUX (Câmera Multiespectral Regular) vai gerar imagens de 16 metros de resolução, com revisitas a cada 31 dias. A WFI (Câmera de Campo Largo) possui resolução de 55 metros, com revisitas a cada cinco dias, enquanto a WPM (Câmera Multiespectral e Pancromática de Ampla Varredura) tem resolução de dois metros em modo pancromático e de oito metros em RGB (Red-Green-Blue, multiespectral).
O CBERS-4A ficará em uma altitude de órbita mais baixa, 628,6 quilômetros (km) da superfície terrestre, em relação ao CBERS-4, atualmente em operação, que fica a uma distância de 778 km. Por causa disso, as imagens geradas terão melhor resolução espacial, segundo o governo brasileiro.
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