Por VOA
Pelo menos 97 cidades ao redor do mundo estão preparando diferentes manifestações para o próximo sábado, 16 de novembro. O objetivo dessa mobilização, cujo lema é «Desperta Venezuela», é protestar contra a ditadura comunista de Nicolás Maduro e exigir uma solução para a grave crise política, social e humanitária na região.
Óscar López, diretor da organização “Venezuelanos no Mundo”, ligada ao escritório do Serviço de Relações Exteriores do governo do presidente encarregado Juan Guaidó, destacou a importância “do compromisso e responsabilidade” de todos os venezuelanos em apoiar todos aqueles que «estão sofrendo as consequências» dessa situação no país.
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«Mobilizações estão sendo organizadas em todo o mundo para apoiar o povo venezuelano em sua reivindicação e demanda contra o regime usurpador para cada uma de suas necessidades», disse o porta-voz.
Segundo ele disse durante uma coletiva de imprensa em Miami (Flórida), esta convocação «busca que todo venezuelano, onde quer que esteja, possa se organizar e participar no sábado, 16 de novembro».
Exigência pelo imediato «fim da usurpação» de Maduro
Os protestos pretendem exigir em todo o mundo «o fim da usurpação» do regime Maduro, mas também «denunciar todos os problemas e necessidades» que muitos cidadãos agora têm no país como resultado desse cenário.
O protesto «Desperta Venezuela», que ocorrerá em Miami no sábado, das 10 às 13 horas, em frente ao antigo consulado da Venezuela – fechado há vários anos pelo então presidente Hugo Chávez -, pretende unir organizações venezuelanas e entidades independentes, além de partidos políticos como o Vontade Popular ou Primeiro Justiça.
«Estamos muito felizes aqui em Miami, como em todas as cidades, porque houve uma união completa entre todas as organizações civis e humanitárias, além de grupos universitários», acrescentou ele, convidando todos a participar desta chamada.
Mobilização mundial
Cidades como Roma (Itália), Madri (Espanha), Tel-Aviv (Israel) ou Los Angeles (Califórnia) serão algumas das quase cem cidades ao redor do mundo que realizarão tais protestos.
Por sua vez, o presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, pediu uma manifestação nacional para mostrar que o regime de Maduro tem «medo de mobilização nas ruas».
Manifestação na Colômbia
De Bogotá, o deputado exilado Winston Flores enfatizou a importância da convocatória porque «depende de todos, porque todos juntos é que vamos alcançar cada um dos objetivos».
Ele explicou que o objetivo das manifestações é reivindicar a saída proposta pela Assembleia Nacional, de conseguir que sejam realizadas eleições livres.
«Este apelo é para que aconteça uma revolta popular na Venezuela dentro da estrutura constitucional e, é claro, com o apoio de todos vocês, sua Assembleia Nacional, e do presidente encarregado Juan Guaidó», disse Flores.
A manifestação em Bogotá será às 15h em Carulla, ao norte da cidade. Segundo o parlamento, venezuelanos também participarão nos EUA, México, Brasil, Argentina, Chile, Espanha, França, Lituânia e Hungria, entre outros países.
“É preciso tomar uma atitude. Só nos resta que se levantem os venezuelanos para fazer as coisas acontecerem”, afirmou o parlamentar.
O congresso venezuelano concordou na terça-feira em apoiar a convocação para este sábado. O chavismo também convocou manifestações para o fim de semana em apoio ao ex-presidente boliviano Evo Morales.
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