China anuncia construção de estação de energia solar espacial com ajuda da Caltech

China ultrapassou os EUA como a nação mais importante em termos de voos espaciais em 2018 e lidera em 2019 com 32 missões, 30 delas com êxito; em comparação com os EUA, com 26 missões e 26 sucessos

Por Chriss Street, Epoch Times
20 de diciembre de 2019 8:29 PM Actualizado: 20 de diciembre de 2019 8:29 PM

A China anunciou que dará início à construção de estações de energia solar com capacidade de megawatts no espaço até 2035, com a intenção de substituir os Estados Unidos como a principal potência espacial.

As Estações de Energia Solar com base no Espaço (SSP, na sigla em inglês) foram projetadas pela primeira vez por cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Caltech, Instituto de Tecnologia da Califórnia, que passou 40 anos aperfeiçoando as SSP como plataforma de defesa e substituição de energia para o «pico do petróleo» nos Estados Unidos. Mas o esforço foi suspenso após o colapso da União Soviética na década de 1990 e a percepção em 2009 de que o boom do fracking petrolífero nos EUA estava prestes a adicionar mais 200 anos às reservas de petróleo americanas.

O cientista Wang Li, da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, declarou no Fórum de Engenharia Russo-Chinês no final de novembro que a China estava avançando na construção de uma estação de energia de 200 toneladas (SSP) no espaço para capturar a energia do Sol, convertê-la em microondas ou lasers e enviar a energia, sem o uso de fios, para a Terra.

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«Esperamos fortalecer a cooperação internacional e fazer avanços científicos e tecnológicos para que a humanidade consiga realizar o sonho da energia limpa ilimitada em data próxima», disse Wang.

O escritor americano de ficção científica Isaac Asimov incorporou a SSP em seu romance de 1941 «Reason«. Mais tarde, a proposta do consultor da NASA Peter Glaser de construir uma plataforma SSP em 1968 deu início a quatro décadas de pesquisa. Com a Caltech dirigindo o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena, Califórnia, o professor John Mankins liderou a iniciativa por 25 anos.

Em 2008, a National Space Magazine ad Astra publicou um esboço do Escritório Nacional de Segurança Espacial para aplicações militares e de uso duplo de energia solar espacial. De acordo com um relatório do National Space Safety Office, “o uso mais óbvio da energia solar térmica de concentração foi o de fornecer energia para bases militares. Uma média de 5-15 MW de eletricidade de carga básica 24 horas /7 dias por semana dentro da maioria dos perímetros das bases com um quilômetro de largura ou menos, o que é extremamente importante, pois o ponto de vista da proteção da força para minimizar as linhas externas vulneráveis de transporte terrestre de combustível e energia”.

Mas o governo Obama suspendeu a NASA em 2009, no final de seu programa Constellation, para construir a espaçonave Orion e os foguetes Ares para missões tripuladas na Lua, após um investimento prrévio de US$ 9 bilhões. Quando perguntado sobre preocupações militares com a China, o ex-presidente enfatizou a necessidade de cooperação, afirmando: «O relacionamento entre os Estados Unidos e a China é o relacionamento bilateral mais importante do século XXI». Mais tarde, Obama daria a Mitt Romney uma explicação em um debate presidencial em 2012 de que os Estados Unidos não estavam enfrentando ameaças nucleares porque «a Guerra Fria acabou«.

Apesar da confiança de Obama no que ele elogiou como a Nova Ordem Mundial, a China persegue incansavelmente a militarização do espaço desde que uma ogiva nuclear de 20 quilômetros explodiu no ar no lançamento de um míssil DF-2A partir de Jiuquan, no dia 27 de outubro de 1966.

O governo Clinton tentou cooperar ordenando à NASA e seus contratados que trabalhassem com a China no desenvolvimento de satélites comerciais. Mas o programa entrou em colapso em 1998, quando uma comissão do Congresso descobriu que as informações técnicas fornecidas pelas empresas espaciais dos EUA acabaram melhorando estrategicamente os mísseis balísticos chineses.

A China ultrapassou os Estados Unidos como a nação mais importante em termos de voos espaciais em 2018 e lidera em 2019 com 32 missões, 30 delas com êxito; em comparação com os Estados Unidos, com 26 missões e 26 sucessos.

Apesar de um embargo contra cidadãos chineses que trabalham diretamente com empresas espaciais dos EUA ou com a NASA, o número de estudantes chineses de intercâmbio «matriculados» em faculdades americanas durante o governo Obama nos anos acadêmicos de 2009/2010 até 2016/2017, quase quadruplicou de 98.251 para 350.755. Com o principal programa americano de ciência, tecnologia, engenharia e matemática, 195 dos 2.238 estudantes da Caltech são agora da China.

Durante os anos de Obama, Tan Hongjin foi um dos estudantes chineses que se formou na Caltech e recebeu um visto de residente permanente legal dos Estados Unidos depois de atuar como pesquisador principal no Laboratório de Propulsão a Jato, de fevereiro de 2014 a março 2015. Tan foi preso em dezembro de 2018 por roubar propriedade intelectual, cujo valor é estimado entre 1.400 e 1.800 milhões de dólares, em relação aos sistemas avançados de baterias de armazenamento de energia da empresa americana de energia Phillips 66. O FBI informou que foi oferecido a Tan um emprego em uma empresa chinesa que produz materiais para baterias de íons de lítio.

Também em dezembro de 2018, Zhu Hua e Zhang Shilong, do grupo hacker chinês conhecido na comunidade de cibersegurança como «Ameaça persistente avançada 10 (APT 10, na sigla em inglês)», foram acusados de espionagem econômica e militar contra empresas de tecnologia de defesa e agências do governo federal, incluindo o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em Pasadena. Os acusados trabalharam para a Empresa de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia Huaying Haitai, localizada em Tianjin, China, e atuaram em parceria com o Escritório de Segurança do Estado de Tianjin do Ministério de Segurança de Estado da China.

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