A Coreia do Norte está disposta a ir novamente à mesa de negociações com os Estados Unidos para abordar a desnuclearização no final de setembro, com a condição de que as propostas de Washington sejam aceitáveis, ou que as negociações entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos «possam chegar ao fim».
A primeira vice-ministra das Relações Exteriores, Choe Son Hui, disse em 9 de setembro que a Coreia do Norte está “disposta a falar de forma abrangente sobre todas as questões que foram discutidas até agora com os Estados Unidos em um horário e local acordados no final de setembro”, informou a mídia estatal da Coreia do Norte.
É sabido que a Coreia do Norte está tentando fazer com que os Estados Unidos façam concessões e aliviem as sanções impostas em troca de procedimentos limitados de desnuclearização.
«Quero acreditar que os Estados Unidos apresentarão uma alternativa baseada em um método de cálculo que sirva aos interesses de ambos os lados e que seja aceitável para nós», disse Choe.
Ela disse que «se os Estados Unidos vier novamente com outras intensões no desgastado cenário que nada tem a ver com os novos métodos de decisão nas negociações RPDC (República Democrática da Coreia)-EUA realizadas com tanto esforço, as negociações RPDC-EUA podem chegar ao fim”.
No domingo, o secretário de Estado Mike Pompeo disse que os Estados Unidos «estavam esperançosos de que nos próximos dias ou talvez semanas eles estariam de volta à mesa de negociações com eles» para negociar sobre a desnuclearização, informou a Fox.
Em 27 de agosto, Pompeo disse em uma entrevista à ABC WRT: «Espero que o presidente Kim trabalhe nisso – que coloque sua equipe em campo para trabalhar com minha equipe e entregar um resultado bom e sólido para o povo americano», de acordo com a NKNews .
No mês passado, Pompeo chamou o comportamento da Coreia do Norte de «desonesto» e Choe respondeu, dizendo que as palavras de Pompeo eram «impensadas», mas as tensões parecem ter diminuído este mês.
As negociações sobre o desarmamento nuclear da Coreia do Norte foram paralisadas em fevereiro, quando o presidente Donald Trump rejeitou a demanda do líder norte-coreano Kim Jong Un por um amplo alívio das sanções em troca do desarmamento parcial em sua segunda cúpula no Vietnã.
Foi um grande constrangimento para o jovem líder norte-coreano, que fez uma viagem de trem de um dia à capital vietnamita para obter o alívio das sanções necessárias no intuito de revitalizar a economia problemática de seu país.
Em abril, Kim disse que estava aberto a outra cúpula com Trump, mas definiu o final do ano como um prazo para os Estados Unidos oferecerem melhores condições para um acordo para reviver a diplomacia nuclear. Kim e Trump se encontraram novamente na fronteira com a Coreia do Sul no final de junho e concordaram em reiniciar a diplomacia, mas não há reuniões públicas entre os lados desde então.
Nos últimos meses, a Coreia do Norte realizou uma série de testes com mísseis e foguetes para protestar contra exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul. Alguns especialistas disseram que os testes de armas norte-coreanos também eram uma demonstração do seu arsenal em expansão, visando aumentar sua alavancagem antes de novas negociações com os Estados Unidos.
A maioria das armas norte-coreanas testadas em julho e agosto são de curto alcance. Isso sugere que a Coreia do Norte não quis suspender sua moratória autoimposta em testes de mísseis nucleares e de longo alcance, o que certamente prejudicaria as negociações com Washington.
Trump subestimou os últimos testes de armas norte-coreanos, dizendo que os Estados Unidos nunca restringiram os testes de curto alcance.
A Associated Press contribuiu para esta reportagem.
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