Por Taiguara Fernandes, Senso Incomum
No dia 22/10/2019, fiz uma Live em meu canal de YouTube e no Instagram, para expor documentos que comprovavam que a narrativa de “robôs” e “milícias digitais” sustentada pela CPMI das Fake News era, na verdade, uma estratégia globalista já definida, há mais de um ano, em órgãos burocráticos internacionais por pessoas com alguma ligação a George Soros.
O vídeo da Live ainda se encontra aqui.
Assim que terminada a transmissão, compilei em meu Twitter, para verificação de todos, os documentos que utilizei para comprovar o que estava dizendo. Todos os documentos são públicos.
Porém, em 24/10/2019, apenas dois dias depois, todos os tweets que traziam os links dos documentos foram censurados, confirmando que havia, sim, uma informação importante ali e que essa informação afetou alguém, que achou melhor tentar escondê-la.
A thread com os tweets censurados encontra-se aqui:
1) Vou disponibilizar aqui os links dos documentos que citei na Live “CPMI das Fake News e Globalismo”.
O link p/ a Live está aqui: https://t.co/Sq5hofWKzE
Ajudem a divulgar para expor a VERDADE sobre essa conversa de “milícias digitais”, que não passa de estratégia globalista
— Taiguara Fernandes de Sousa (@taiguara_sousa) October 23, 2019
https://platform.twitter.com/widgets.js
Uma versão dela foi salva, ainda com todos os links, aqui.
O desaparecimento dos tweets que traziam a documentação comprobatória de uma estratégia globalista para controle da internet em curso no Brasil, com potencial de derrubar ilegitimamente um presidente (expus isso aqui), me alertou para a necessidade de compilar tudo em texto, neste Senso Incomum, para que os fatos sejam guardados.
A reportagem que se segue é uma investigação sobre como a narrativa que pretende derrubar o presidente Bolsonaro, prender conservadores e impedi-los de falar livremente foi moldada desde fora do Brasil, no seio de comissões globalistas, e internalizada aqui através de ONGs e órgãos burocráticos, para difundir a fábula de que o presidente dirigiu “robôs” e “milícias digitais” com o propósito de difamar adversários e garantir-lhe a vitória eleitoral.
Na verdade, toda essa narrativa, hoje sustentada abertamente na CPMI das Fake News como um pressuposto cuja comprovação é desnecessária, estava descrita em detalhes, há mais de um ano, em documento da Comissão Europeia escrito por pessoas relacionadas ao metacapitalista George Soros.
Vamos por partes.
Encontrando o órgão burocrático
A “neutralidade da rede” foi o meio encontrado pelos globalistas para justificar a necessidade de controlar a internet, especialmente no debate público nos EUA. Na verdade, como a internet deu espaço e palavra para todos, sem distinção, garantiu participação livre e poder de pressão política aos cidadãos pelo simples uso de um computador, um celular, uma rede social. É evidente que essa liberdade foge ao controle, especialmente porque consegue submeter a críticas o próprio projeto globalista.
Net neutrality foi a saída: defender a bela pauta de que não deveria haver discriminação de velocidade entre os usuários da internet — internet igual para todos, amplamente defendida nos governos democratas de Bill Clinton e Barack Obama, agenda que possui um pressuposto oculto: para garantir a velocidade igual para todos, é necessário um órgão burocrático que regule os provedores.
No Brasil, através da Lei 12.965/2014, o Marco Civil da Internet, a neutralidade da rede entrou no ordenamento jurídico como um “princípio da disciplina do uso da internet”. Mas a Lei deixou para que a presidente Dilma Rousseff regulasse em Decreto as atribuições de um órgão burocrático destinado a garantir a “neutralidade da rede”.
Sempre que uma Lei empurra para um Decreto a regulação de um ponto essencial, deve-se ter cuidado: normalmente é ali que se ocultam os problemas.
Dilma Rousseff passou dois anos sem fazer o Decreto e veio fazê-lo apenas no dia 11/05/2016, véspera da seu impeachment. Antes de sair do governo, Dilma quis deixar estabelecido através do Decreto 8.771/2016 que caberia a um órgão burocrático elaborar as diretrizes para o uso da internet no Brasil: o Comitê Gestor da Internet.
O que está acontecendo no Comitê Gestor da Internet?
Em 24 de julho, o CGI.br realizou um Seminário chamado Internet, Desinformação e Democracia. O objetivo, como se pode ler em sua página (aqui, com backup aqui), era discutir exatamente o mesmo tema que viria a ser instalado como objeto de CPI em setembro:
Duas palestras ocorridas no Seminário chamam a atenção pelo tema.
A primeira é a de Madeleine de Cock Buning, que abriu o encontro, responsável por presidir uma comissão europeia com o mesmo objeto da Comissão Parlamentar que está sendo realizada no Brasil:
A segunda palestra é a de Flávia Lefévre, que é conselheira do Comitê Gestor de Internet. Lefévre tratou do tal uso eleitoral do Whatsapp para difundir Fake News nas eleições de 2018:
Percebam que as narrativas sustentadas por Buning e Lefévre são as mesmas: algum controle da internet é necessário para evitar esses abusos eleitorais e contra a mídia oficial.
Uma notícia na página do Senado, no dia seguinte ao evento (25/07/2019), realizava entrevistas com senadores da oposição ao governo sobre fake news e apontava a instalação da CPMI para breve.
Curiosamente, Madeleine de Cock Buning e Flávia Lefévre foram convidadas para falar na CPMI, como especialistas, pela Deputada Lídice da Mata (PSB/BA), relatora, logo entre os primeiros requerimentos realizados por ela:
Os próprios requerimentos de Lídice da Mata tomam Madeleine e Flávia como especialistas gêmeas, “cada qual no seu quadrado”: Buning virá explicar o problema das fake news para a democracia no globo e Lefévre fará a mesma explicação, só que voltada ao ambiente interno, brasileiro.
Lídice da Mata não apresenta maiores justificativas além disso. Madeleine e Flávia Lefévre são chamadas como o paralelo uma da outra; até os termos dos requerimentos são os mesmos:
O manual globalista para controle das redes sociais
Madeleine de Cock Buning publicou artigo no site da organização de mídia globalista Project Syndicate intitulado Regulating Speech in the New Public Square (trad. “Regulando o discurso na nova praça pública”, i. e., na internet):
Uma outra publicação desse artigo pode ser encontrada aqui (e um backup desses documentos aqui e aqui).
Nesse artigo, Madeleine defende sua ideia de que o combate às fake news e à desinformação deve passar pelo fortalecimento dos jornalistas oficiais e pela criação de órgãos de fact-checking. O controle do discurso proposto por ela jamais dirá que pretende restringir a liberdade de expressão, mas o fará por via transversa, isto é, através de órgãos oficiais de “checagem de fatos”, que dirão qual o discurso “verdadeiro” permitido e qual o discurso falso (portanto, proibido, sem valor).
Quem também colabora com o Project Syndicate é ele:
Um backup desse documento encontra-se aqui.
Madeleine de Cock Buning foi a presidente do Grupo de Experts (vejam, técnicos não-eleitos de novo, reunidos em um conselho burocrático) da Comissão Europeia sobre Fake News e Desinformação Online.
Eles produziram um relatório, em março de 2018, intitulado A multi-dimensional approach to desinformation (trad. “Um abordagem multi-dimensional sobre a desinformação”). A íntegra do documento pode ser encontrada aqui (com backup aqui).
O documento globalista acima é um verdadeiro manual de como criar um discurso oficial permitido e excluir tudo o mais sob o argumento de que se trata de “desinformação” ou “fake news”.
Essa é a estratégia que se chama “espiral do silêncio”: apenas é permitida a aparência de um discurso livre sobre os assuntos que já estejam autorizados; o que não está autorizado, é tornado discurso clandestino ou silenciado como mentiroso.
Atenção: é desse manual globalista que vem a narrativa atualmente utilizada contra Bolsonaro no Brasil, sobre o uso de “robôs” e “milícias digitais pagas”. Essa narrativa não é original: já veio pronta, de cima, e está sendo internalizada no Brasil.
Ela se encontra à p. 23 do manual globalista, que diz:
“Informações sobre pagamentos a influenciadores humanos e sobre o uso de robôs para promover uma certa mensagem devem estar disponíveis, de modo a permitir que os usuários compreendam se a aparente popularidade de uma determinada informação online ou a aparente popularidade de um influenciador são resultados de amplificação artificial ou de patrocínio por investimentos direcionados“.
Segue a imagem do trecho:
Esses não são exatamente os termos de todas as acusações dirigidas a Bolsonaro? Não são os termos que o PT tentou transformar em processo de cassação eleitoral?
E não é isso que, agora, a CPMI das Fake News tenta transformar em materialidade fática de um crime para impeachment do presidente?
O discurso vem pronto de fora, delineado em manual escrito por um grupo de experts globalistas, e está sendo apenas internalizado no Brasil através de agentes submetidos ou não a interesses estrangeiros.
O manual propõe ainda outros meios, que certamente também serão internalizados no Brasil (ou já estão sendo):
* a criação de mecanismos legais para garantir uma rede livre de desinformação (p. 19);
* a criação de centros de fact-checking multidisciplinares, compostos por pesquisadores e jornalistas da mídia oficial, para dizer o que é verdadeiro e o que é falso (p. 24);
* a criação de um órgão burocrático maior, chamado de Centro de Excelência, com financiamento público, se possível, destinado a coordenar as atividades dos centros de fact-checking menores e garantir a palavra final sobre as “fake news” (p. 25) — trata-se, na verdade, do “Ministério da Verdade” imaginado por George Orwell em 1984;
* treinamento de professores para ensinar crianças contra as fake news — portanto, ensinando apenas o discurso autorizado pelo Centro de Excelência (p. 27);
* o empoderamento de jornalistas da mídia oficial e o seu treinamento para o fact-checking e a difusão do discurso oficial — o documento orienta, nesse ponto, que seja dada especial atenção aos países do Leste Europeu, justamente aqueles que mais se opõem ao globalismo, como Polônia e Hungria (p. 28);
* as autoridades públicas devem apoiar os centros de excelência acima, garantindo-lhe todos os meios mais avançados para fact-checking, inclusive através do uso de inteligência artificial — perceba-se que, nesse caso, o uso de robôs não é problema (p. 36).
Essas são apenas algumas das medidas propostas no documento escrito sob a condução da Sra. Madeleine de Cock Buning, que visam a possibilitar uma verdadeira regulação do discurso na nova praça pública, como sugere o seu texto no Project Syndicate. Todas as ferramentas estão estabelecidas nessas metas, com exatidão de meios e precisão de detalhes, para estabelecer um discurso oficial e um órgão burocrático de controle da expressão na internet, um Ministério da Verdade orwelliano.
E é a Sra. Madeleine de Cock Buning que tem sido chamada ao Brasil para divulgar essas ideias através do Comitê Gestor da Internet e, agora, da CPMI das Fake News, por requerimento da relatora, dep. Lídice da Mata.
Outra participante do Grupo de Experts (lista aqui) que foi chamada a falar na CPMI como especialista é a Clair Wardle, da organização de “checagem de fatos” First Draft Coalition (mais um comitê para definição de discursos verdadeiros e falsos).
Aliás, a própria CPMI das Fake News, ao estabelecer como pressuposto auto-evidente o uso de “robôs” e de “milícias digitais pagas” pelo presidente Bolsonaro e por seus filhos, definindo ela própria o que é verdadeiro e o que é falso, segue integralmente a cartilha estabelecida pela Comissão Europeia através do Grupo de Experts presidido pela Sra. Buning.
A CPMI se torna um primeiro “centro de excelência” para punir o discurso não-autorizado, o discurso que não agrada aos donos do poder, e jogar na espiral do silêncio aquilo que não é permitido.
E o PLS 246/2018, que recebeu parecer favorável da senadora Mara Gabrilli (PSDB/SP) no último dia 16/10, já cria o mecanismo legal (obedecendo à p. 19 do manual globalista) de punição a quem “difunda conteúdo falso”, estabelecendo pesadas indenizações através de ação civil pública, um mecanismo judicial muito gravoso (utilizado, por exemplo, para combate à corrupção e que pode, inclusive, tirar pessoas da vida pública).
Tudo está ocorrendo no Brasil, portanto, segundo uma submissão servil às indicações da comissão globalista presidida pela Sra. Madeleine Buning, cujas ideias mandam em deputados e senadores muito mais do que o povo a quem eles tentam punir pelo crime de falarem em redes sociais.
É uma questão de hierarquia global.
A internalização das metas e diretrizes da comissão global
O Comitê Gestor da Internet, como dissemos antes, tem sido o responsável por promover as reuniões de conselho, na forma de seminários, para difundir as metas e diretrizes estabelecidas pelo Grupo de Experts globalistas presidido pela Sra. Madeleine de Cock Buning, que colabora com o Project Syndicate junto a George Soros.
Já vimos que a própria relatora da CPMI, Dep. Lídice da Mata, parece entender que Madeleine de Cock Buning possui um paralelo interno no Brasil, um alter ego: Flávia Lefévre.
Lefévre é conselheira representante da “sociedade civil” no Comitê Gestor da Internet. A representação aqui é relevante, pois sabemos que os decretos do CGI.br são da época do PT, partido que sempre utilizou a expressão “sociedade civil organizada” para se referir legalmente aos seus próprios movimentos, como a CUT e o MST.
Em seu Twitter, Flávia Lefévre (que é pessoa pública) se apresenta como membro do Conselho Diretor do Coletivo Intervozes:
Lefévre e o Coletivo Intervozes defendem a tese de que “disparos de WhatsApp” e “robôs” foram utilizados para influenciar nas eleições de 2018 — tese muito cara ao PT, que tentou cassar Bolsonaro no TSE defendendo isso:
Lefévre também compartilha Glenn Greenwald defendendo Manuela d’Ávila e a CUT contra a Reforma da Previdência:
Essas informações públicas já nos dão uma visão do espectro ideológico da conselheira do Comitê Gestor da Internet e integrante da direção do Coletivo Intervozes.
Flávia Lefévre não foi chamada apenas para falar como especialista na CPMI das Fake News: ela também fez uma palestra de abertura em seminário (sempre essa modalidade) promovido sobre o mesmo tema, na Câmara dos Deputados, intitulado “Fake News, Redes Sociais e Democracia”, nos dias 25 e 26/09, com a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do presidente do STF, Dias Toffoli. A programação pode ser conferida aqui (com backup aqui).
Em seu Twitter, Flávia Lefévre afirma que palestrou sobre… neutralidade da rede (precisamente o pretexto para o controle de internet utilizado pelos globalistas) e a influência disso nas eleições:
Tudo parece indicar que a “intuição” da relatora da CPMI das Fake News, Dep. Lídice da Mata, está correta, pois Flávia Lefévre é como uma Madeleine de Cock Buning do Brasil, pela posição que ocupa no Comitê Gestor da Internet e pela relevância que tem tido na difusão interna das mesmas ideias pregadas por Madeleine de Cock Buning no contexto mundial — especialmente a narrativa constante na p. 23 do manual da Comissão Europeia, sobre o uso de “robôs” (ou sistemas automatizados) nas eleições.
É nesse ponto que nos surge a revelação mais impressionante: o Coletivo Intervozes, de que Flávia Lefévre é diretora e ao qual representa no Comitê Gestor da Internet é também apoiado institucionalmente por George Soros, através de sua Fundação Open Society.
Não só isso, o Coletivo Intervozes é apoiado por quatro das maiores fundações globalistas do mundo: a de Soros, acima, mas também a Fundação Ford e as fundações alemãs Rosa Luxemburgo (ligada ao partido Die Linke, “À Esquerda”) e Friedrich Ebert (da social-democracia):
Um backup desse documento encontra-se aqui.
A Fundação Friedrich Ebert, que chegou em 1976 ao Brasil, esteve por trás da geração do novo sindicalismo, apoiando a criação da CUT em 1983. O próprio site da Central Única dos Trabalhadores faz seu louvor à Fundação. Portanto, direta ou indiretamente, essa fundação globalista serviu à criação do PT.
O Coletivo Intervozes também possui um blog para divulgação de suas ideias em… Carta Capital. Já foi também responsável por denunciar as redes Record e Bandeirantes por suposto “favorecimento à candidatura de Bolsonaro”.
Tudo aparenta indicar que uma ONG esquerdista, apoiada por quatro das maiores fundações globalistas do mundo, inclusive a Open Society, de George Soros, está divulgando no Brasil, há bastante tempo, dentro do Comitê Gestor da Internet, as ideias que têm subsidiado a narrativa destinada a derrubar o presidente e controlar a internet no Brasil.
Temos que:
* a narrativa sobre “robôs” e “milícias digitais pagas” consta da p. 23 do manual elaborado por uma comissão de experts globalistas da União Europeia, presidida por Madeleine de Cock Buning, para controle das redes sociais e regulação do discurso — está lá desde março de 2018, portanto, muito antes mesmo das eleições;
* no Brasil, o Comitê Gestor da Internet tem feito seminários sobre esse tema, acertando a linguagem e definindo diretrizes, inclusive através da difusão das ideias de Madeleine de Cock Buning, que esteve, ela mesma, no CGI.br;
* Madeleine colabora com o Project Syndicate, para o qual também colabora George Soros;
* no Brasil, Madeleine possui um alter ego, Flávia Lefévre, que representa o Coletivo Intervozes no Comitê Gestor da Internet;
* tanto Madeleine de Cock Buning quanto Flávia Lefévre foram chamadas de especialistas na CPMI das Fake News pela relatora, Lídice da Mata, para falar sobre a mesma coisa, a primeira em relação ao mundo, a segunda em relação ao Brasil: os impactos das fake news na democracia e no debate público;
* o Coletivo Intervozes, de Flávia Lefévre, é apoiado institucionalmente pela Open Society, de George Soros, e por três outras das maiores fundações globalistas do mundo: Ford, Rosa Luxemburgo e Friedrich Ebert;
* os indícios acima parecem indicar que uma narrativa fabricada no estrangeiro há mais de um ano está sendo mecanicamente internalizada no Brasil, através da ação de fundações globalistas, para derrubar um presidente, criminalizar o discurso conservador e prender os seus defensores.
Se for mesmo assim, poderia tratar-se de um caso de intervenção estrangeira em assuntos de política interna e soberana do Brasil — o que tem resposta própria na Lei.
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Após a censura dos tweets que faziam compilação dos documentos mencionados, resolvi fazer um backup de todos eles e do vídeo da Live aqui.
Taiguara Fernandes é advogado e jornalista. Foi colunista e editor da Revista Vila Nova (www.revistavilanova.com). Articulista para o Senso Incomum, Gazeta do Povo, Sul Connection e outros
O conteúdo desta matéria é de responsabilidade do autor e não representa necessariamente a opinião do Epoch Times
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