Uma ativista vegana da Espanha que invadiu no domingo passado (1º), juntamente com dezenas de veganos, propriedade particular para «libertar» 14 coelhos, matou quase cem desses animais.
A ação dos veganos de capturar os animais foi liderada por uma jovem chamada Mia, conhecida nas redes sociais como «Mythical Mia».
O incidente ocorreu na fazenda de Vilaró de Tarrés, no município de Gurb, em Osona, Espanha.
A invasão dos veganos teve um fim trágico.
PRIMÍCIA Un centenar de conills han mort per l'assalt animalista a la granja de Gurb; ho explica @cfitverd https://t.co/nhYCe9v2CH pic.twitter.com/RwDvdIJNqT
— NacióDigital (@naciodigital) September 6, 2019
“Um total de 97 coelhos, entre mães e filhotes, morreram em decorrência do ataque animalista no último domingo (…). A maioria das mortes foi de filhotes, uma vez que alguns dos 14 coelhos roubados ou mortos eram mães e as ninhadas ficaram órfãs”, relatou a mídia catalã naciodigital.cat.
Conforme detalhado pela mídia, um veterinário certificou que o estresse causou a morte de muitas fêmeas que estavam prestes a dar à luz.
Un grup de més de 60 animalistes han saltat la tanca d'una granja de Gurb aquest diumenge. Via: @el9nouhttps://t.co/lUsh1056T1
— Ajuntament de Gurb (@AjuntamentGurb) September 2, 2019
Após o ataque dos veganos, o prefeito de Gurb, Josep Casassas, disse que alguns são reincidentes e que o governo entrará com uma ação contra eles.
«Esta tarde houve outro ataque em uma fazenda em Gurb. A Câmara Municipal de Gurb vai apresentar como uma acusação popular porque rejeita totalmente essas ações e defende os agricultores de Gurb que fazem as coisas corretamente”, escreveu ele no Twitter.
Segundo o relato do veterinário, cinco coelhas grávidas de 29 dias morreram, mais duas morreram com a coluna quebrada e houve três abortos de coelhas grávidas de 29 dias.
Dos 14 coelhos roubados, oito eram lactantes e seis estavam grávidas.
“El pitjor de l’acció animalista d’ahir al vespre és l’estrès que han provocat als conills”, ha explicat a @CatalunyaRadio Joan Vilaró, propietari de la granja de #Gurb (#Osona) víctima de l’assalt. pic.twitter.com/CKIuDdZa12
— Nati Adell (@Natiadell) September 2, 2019
Como resultado da invasão, nove coelhos de 15 dias tiveram que ser sacrificados depois de perderem a mãe. Entre mães roubadas ou mortas, nove ninhadas de 10 coelhos tiveram que ser sacrificadas cada uma, ou seja, 90 filhotes.
A reportagem detalha que no dia do assalto havia 700 coelhas a três dias de dar à luz e cerca de 800 grávidas de cinco dias.
Em entrevista à Nació Digital, o proprietário da fazenda, Joan Vilaró, criticou as ações dos ativistas por deixarem os filhotes sem suas mães.
«Os coelhos reprodutores são animais muito suscetíveis ao ruído e ao estresse», disse ele.
Existem cerca de 3.000 coelhas com filhotes na fazenda.
Por sua vez, a jovem vegana Mia denunciou no Instagram a resposta dos agricultores como um ataque e disse que atiraram no carro dela após a invasão.
A ativista publicou um vídeo em que mostrava sangue no rosto e nas pernas.
Mia afirmou ter «resgatado 16 vidas», embora a polícia catalã tenha dito que levaram 14 coelhos da fazenda, segundo a mídia local.
A polícia da Catalunha também disse que é provável que a janela de seu carro tenha sido atingida por um «objeto contundente» e não pelo disparo de uma arma, informou o jornal Clarín.
A Ministra da Agricultura da Catalunha, Teresa Jordà, disse que devem ser tomadas medidas imediatas e admitiu que alguma coisa não saiu bem na sociedade pois os jovens não aprenderam sobre o valor da pecuária e da agricultura.
Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando
¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.