Descoberta na Argentina nova espécie de “aranha camelo” que come carne

Outra espécie dessa aranha é encontrada apenas na Área de Proteção Ambiental de Ibirapuitã, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul

Por Jesús de León
04 de septiembre de 2019 9:28 AM Actualizado: 04 de septiembre de 2019 9:28 AM

Uma nova espécie de aranha que come carne foi descoberta na Argentina e pertence à família da conhecida «aranha camelo».

A Fundação Leloir explica que, embora muitas vezes as pessoas as confundam com aranhas, trata-se na verdade de um solífugo, que é uma ordem peculiar e pouco estudada de aracnídeos de aparência feroz.

Esses aracnídeos têm grandes apêndices bucais chamadas quelíceros e a injusta e falsa reputação de comer carne humana ou de ser muito venenosa, informou a Agência Cyta – Fundação Instituto Leloir.

A nova aranha foi descoberta nas províncias argentinas de Santiago del Estero e Córdoba.

Gaucha ramírez, como foi batizada, tem dois centímetros de comprimento e manchas claras nas membranas laterais do corpo.

A nova espécie de solífugo se junta, assim, às poucas dezenas encontradas no país.

VIRALES EN LA REDNueva especie de araña "camello" come carne humana

Posted by InfoFueguina.com on Tuesday, September 3, 2019

O nome escolhido, Gaucha ramírez, é uma homenagem ao Dr. Martín Ramírez, aracnólogo do MACN que co-dirigiu a tese de doutorado do primeiro autor da descoberta, o biólogo colombiano Ricardo Botero Trujillo, que atualmente está desenvolvendo seu pós-doutorado no Museu de História Natural de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Ela compartilha seu gênero com a Gaucha santana encontrada no Brasil.

Segundo a Fundação Leloir, a descoberta é motivo de comemoração.

«É importante conhecer a biodiversidade de nossos países para saber qual é o nosso patrimônio biológico e, portanto, preservá-lo», disse o Dr. Andrés Ojanguren-Affilastro, pesquisador do CONICET no Museu Argentino de Ciências Naturais «Bernardino Rivadavia» (MACN), para a Agência CyTA-Leloir.

As aranhas se alimentam principalmente de insetos; algumas das maiores espécies se alimentam de lagartos e pássaros, e até de pequenos mamíferos.

Uma publicação de maio deste ano afirmou que os 7,2 bilhões de seres humanos que habitam o planeta poderiam ser comidos em apenas um ano por todas as aranhas existentes. Esta declaração foi extraída após a análise de um estudo publicado na revista Science of Nature.

Descobrimento

Os novos espécimes foram coletados manualmente ou por meio de «armadilhas de queda», informou a Agência Cyta.

Essas armadilhas consistem de recipientes abertos na parte superior, são cheios de líquido conservante e enterrados no nível do solo, onde se espera que os animais caiam.

Os pesquisadores as estudaram com lupas, microscópios e fizeram testes de DNA para estabelecer seu «parentesco» com outras espécies.

Os resultados desta descoberta foram reunidos em um estudo publicado no site «Biotaxa», com o título «Duas novas espécies do gênero aranha-camelo Gaucha da Argentina e do Brasil (Solifugae, Mummuciidae)».

A Gaucha ramirez vive em uma área que se estende do Parque Provincial à Reserva Florestal de Chancaní, na província de Córdoba, Argentina.

Além disso, sua presença também foi observada em uma localidade a nordeste da província de Santiago del Estero.

A outra espécie, Gaucha santana, é encontrada apenas na Área de Proteção Ambiental de Ibirapuitã, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul.

Com essas descrições, o número de espécies conhecidas de Gaucha sobe para onze, diz a publicação.

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