Os protestos que começaram no dia 14 de outubro no Chile já deixaram três mortos, mais de 300 detidos e uma onda de incêndios e saques.
A capital do país, Santiago, amanheceu ontem (20) patrulhada por militares, o que não acontecia desde o final da ditadura do general Augusto Pinochet, em 1990.
Dias atrás, o Equador passou pela pior crise social após o último anúncio econômico do presidente Lenín Moreno. O mesmo aconteceu nas últimas horas no Chile.
Nos dois países, foram desencadeados protestos violentos que deixaram mortos, milhares de feridos e detidos. Apesar das demandas dos movimentos sociais, o governo de Moreno acusou o ex-presidente Rafael Correa e o ditador venezuelano Nicolás Maduro de estarem por trás da violência.
Neste domingo, Maduro respondeu às acusações com uma mensagem um tanto quanto “sugestiva”.
Maduro diz que “O plano vai perfeito” e que “Todas as metas que estabelecemos para o Foro de São Paulo estão sendo cumpridas, por isso devemos continuar. Estamos indo muito melhor do que pensávamos”.
No sábado (19), o Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) da Venezuela acusou o Foro de São Paulo de incentivar as manifestações violentas no Chile e no Equador.
O TSJ alertou que o Foro “é o mecanismo usado pelo crime organizado para desestabilizar a democracia no Hemisfério”.
A declaração do órgão judicial destaca que desde a última edição do Foro, realizada em julho deste ano em Caracas (Venezuela), houve situações que de fato alteraram a tranquilidade das repúblicas do Peru, Equador, Colômbia e agora no Chile.
Às alegações de Lenin Moreno, Maduro respondeu com um insulto:
“Agora eles culpam tudo a mim e a Venezuela. Que os estudantes, trabalhadores e camponeses saíram da Colômbia para protestar em massa e que o povo do Equador se levantou contra o Fundo Monetário Internacional, diz o estúpido Lenin Moreno, que enviou 200 homens para lá, é culpa de Maduro ”
E acrescentou:
“Agora o povo do Chile se revolta e se levanta e o direito do Chile também diz que a culpa é de Maduro. Não é culpa de Maduro é culpa do Fundo Monetário Internacional e do capitalismo selvagem”.
A declaração de Maduro foi feita durante discurso no encerramento do I Congresso Internacional de Comunas, Movimentos Sociais e Poder Popular, horas depois de Diosdado Cabello, número dois do chavismo e presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), dizer que o que está acontecendo na região “é apenas uma brisa leve” e que “agora vem o furacão bolivariano“.
Com informações da InfoBae
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