Instituições de ensino e empresas estão se mobilizando em Nova Iorque para que centenas de milhares de estudantes e funcionários possam participar na sexta-feira (20) da greve convocada no mundo todo em prol da luta contra a crise climática.
Mais de um milhão de estudantes que frequentam as escolas públicas da cidade já têm a permissão da Câmara Municipal para não assistirem à aula, com o consentimento dos pais ou responsáveis, enquanto políticos locais pressionam para que no mesmo dia seja concedida uma isenção para o sistema universitário público.
A «Global Climate Strike» (Greve Global pelo Clima), impulsionada pelo movimento internacional de jovens ativistas Fridays For Future, tem mais de 3.500 ações previstas três dias antes da abertura da Cúpula de Ação Climática da ONU em Nova Iorque, em 23 de setembro.
A expectativa é que nos Estados Unidos sejam realizados cerca de 800 atos do tipo na sexta-feira, com foco no de Nova Iorque, que será liderado por um grupo de jovens, entre eles a ativista sueca Greta Thunberg, e contará com um comício na Foley Square seguido de uma passeata até o sul de Manhattan.
A decisão por parte do governo do maior distrito escolar dos Estados Unidos foi bem amparada pelos organizadores da mobilização, que esperam que o exemplo seja seguido. Já os críticos, em um país pouco adepto às greves, consideram que o prefeito democrata Bill de Blasio está «doutrinando».
«A participação nesta greve é uma decisão individual e incentivamos a sua família a debater os seus planos com tempo», indicou o Departamento de Educação da cidade em seu guia de orientação para «ausências estudantis durante a greve climática de 20 de setembro», divulgado nesta quarta-feira.
A sexta-feira também deve contar com a paralisação temporária de dezenas de companhias, entre elas a sorveteria Ben & Jerry’s, as marcas de roupas Eileen Fisher, Burton e Patagonia, a empresa de produtos para o lar Seventh Generation e a de lacticínios Stonyfield, segundo o American Sustainable Business Council.
Mil empresas de internet como Kickstarter, WordPress, Tumblr, BitTorrent e Etsy farão uma «greve digital pelo clima». De acordo com um manifesto distribuído pela organização 350.org, os sites dessas companhias sofrerão um «blecaute» que encaminhará o usuário para outra página com informações sobre a crise climática.
No caso das grandes corporações do país, que não se posicionaram publicamente, está previsto que grupos de trabalhadores de Amazon, Google, Microsoft e Facebook participem da greve para também pressionarem as próprias empresas a fazerem mudanças.
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