Escolas e universidades em Teerã fecham por alto nível de poluição

No mês passado, o governo iraniano aumentou o preço da gasolina entre 50% e 300%, mas a medida não parece ter diminuído substancialmente o uso dos veículos. Um dos motivos para isso é a falta de um sistema de transporte público adequado

Por EFE
16 de diciembre de 2019 2:28 PM Actualizado: 16 de diciembre de 2019 2:28 PM

As autoridades iranianas ordenaram nesta segunda-feira (16) o fechamento das universidades em Teerã devido aos altos níveis de poluição, motivo pelo qual as aulas nas escolas foram suspensas pelo segundo dia consecutivo.

A Companhia de Controle da Qualidade do Ar, dependente da prefeitura local, informou que o índice de contaminação chegou a 157 nas últimas 24 horas, um nível perigoso para toda a população.

Desde o começo do dia, os níveis melhoraram um pouco, caindo para 149, mas escolas e universidades permaneceram de portas fechadas na capital do Irã, uma das cidades mais poluídas do mundo.

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Qualquer nível superior a 100 implica algum risco para a saúde. Entre 100 e 150, o índice é considerado não saudável para os grupos sensíveis, como crianças, idosos e doentes. A partir de 150, a marca é considerada prejudicial para todos os grupos.

As autoridades locais também optaram, desde domingo, por limitar a circulação de veículos para prevenir que a situação ambiental piore. Além disso, atividades e eventos esportivos ao ar livre foram suspensos, e crianças, idosos e doentes foram aconselhados a não sair de casa.

A inversão térmica, a situação topográfica e os milhões de veículos que lotam as ruas de Teerã dificultam a resolução do problema.

No mês passado, o governo iraniano aumentou o preço da gasolina entre 50% e 300%, mas a medida não parece ter diminuído substancialmente o uso dos veículos. Um dos motivos para isso é a falta de um sistema de transporte público adequado.

Esse aumento do preço do combustível gerou grandes protestos em meados de novembro. Os distúrbios originados das manifestações foram reprimidos pelas forças de segurança e causaram mais de 200 mortes, segundo a ONG Anistia Internacional.

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