Especialistas da ONU pedem à China que informe sobre desaparecimentos de acadêmicos uigures

Por EFE
28 de diciembre de 2019 11:02 PM Actualizado: 28 de diciembre de 2019 11:10 PM

Na quinta-feira, especialistas em direitos humanos das Nações Unidas expressaram preocupação com o ex-reitor da Universidade de Xinjiang, o uigur Tashpolat Tiyip, detido pelas autoridades chinesas em local desconhecido, e pediu a Pequim que fornecesse informações sobre seu paradeiro.

Tiyip está desaparecido desde que foi preso em 2017, quando se preparava para viajar para conferências na Alemanha. Posteriormente, ele foi julgado por separatismo e algumas informações recentes indicaram que ele foi condenado à morte, embora outros indiquem que a pena de morte não foi aplicada.

 «A incerteza sobre a sentença de Tiyip e as condições sob as quais ele foi julgado são preocupantes», disse uma declaração de especialistas, incluindo o relator especial da ONU sobre execuções arbitrárias, Agnes Callamard, e seus colegas sobre minorias (  Fernand de Varennes) e liberdade de religião (Ahmed Shaheed), entre outros.

Os signatários também pediram às autoridades chinesas que permitissem que Tiyip recebesse visitas de seus parentes.

 «As detenções em condições incomunicáveis, desaparecimentos forçados e julgamentos secretos não ocorrem em um país governado pelo Estado de Direito», disseram eles no comunicado.

O desaparecimento do acadêmico foi denunciado em um momento em que o regime chinês recebeu inúmeras críticas da comunidade internacional pelo tratamento da minoria étnica à qual pertence, depois de saber que centenas de milhares de uigures foram presos nos últimos anos em campos de «reeducação» na região de Xinjiang.

Especialistas alertaram que continuarão pressionando a China, cujo regime mantêm contato, para esclarecer a situação de Tiyip e de outros detentos «cujos direitos humanos poderiam ter sido violados».

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