Por Agências
Os governos do Brasil e dos Estados Unidos reconheceram a senadora da oposição Jeanine Áñez, que assumiu a presidência interina da Bolívia na terça-feira (12), após o vácuo de poder que ocorreu com a renúncia do ex-presidente Evo Morales.
Áñez chegou na quarta-feira ao Palácio do Governo, no centro de La Paz, para assumir suas funções. Ela prometeu eleições em breve para acabar com a crise, mas os protestos continuam no país andino.
A presidente interina está sendo questionada por apoiadores de Morales porque a assembleia legislativa em que ela assumiu não conseguiu reunir o quórum necessário devido à ausência de legisladores leais ao ex-presidente, que deixou o país na segunda-feira para exilar-se no México.
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O governo dos Estados Unidos reconheceu a senadora por meio de uma declaração no Twitter feita pelo encarregado da América Latina no Departamento de Estado, Michael Kozak.
«A presidente em funções do Senado, Áñez, assumiu as responsabilidades de presidente interina da Bolívia», escreveu ele.
El presidente interino del Senado, Añez, asumió las responsabilidades del presidente interino de #Bolivia. Esperamos con interés trabajar con ella y otras autoridades civiles del país mientras organizan elecciones libres y justas lo antes posible de acuerdo con la constitución.
— Michael G. Kozak (@WHAAsstSecty) November 13, 2019
Nesse mesmo sentido, o presidente Donald Trump declarou que, com a saída de Morales, «a democracia está preservada» na Bolívia e disse que está enviando uma mensagem aos líderes da Venezuela, Nicolás Maduro, e Nicarágua, Daniel Ortega.
«Esses eventos lançam um forte aviso aos regimes ilegítimos da Venezuela e da Nicarágua de que a democracia e a vontade do povo sempre prevalecerão», disse Trump em comunicado.
O presidente americano disse que, com a queda de Morales, o continente americano «está um passo mais perto» de ser «totalmente democrático, próspero e livre».
O apoio de Bolsonaro e Guaidó
Ao chegar para um jantar com representantes dos Brics (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul), o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, também observou que seu país reconhece a legisladora.
“A presidência foi declarada vaga e ela (Áñez) assumiu a presidência do Senado, que também estava vaga. E constitucionalmente assume a presidência. Portanto, é essa a nossa percepção de que a Constituição boliviana está sendo seguida”, afirma matéria do jornal Folha de S.Paulo.
O presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, também expressou seu reconhecimento e admiração por Áñez na terça-feira.
«Nós, do governo legítimo da Venezuela, reconhecemos Jeanine Áñez como presidente interina da Bolívia em sua missão de guiar uma transição constitucional até a convocação de uma eleição presidencial».
Desde el Gobierno legítimo de Venezuela reconocemos a @JeanineAnez como Presidenta interina de Bolivia, en su misión de guiar una transición constitucional hacia una elección presidencial.
Son una inspiración para nuestro país, tenemos la convicción que lograremos la libertad.
— Juan Guaidó (@jguaido) November 13, 2019
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