Por Debora Alatriste, Epoch Times
O Comando Sul dos Estados Unidos instou militares venezuelanos a “respeitar o direito de seus cidadãos de protestarem pacificamente” em face das marchas convocadas para este fim de semana pelo presidente encarregado da Venezuela, Juan Guaidó, contra o regime de Maduro.
Através do Twitter, o Comando Sul dos Estados Unidos enviou duas mensagens, em espanhol e inglês, para os militares venezuelanos.
Na primeira, pode-se ler: “Apelamos às forças armadas venezuelanas para que cumpram as disposições de sua constituição e protejam os direitos básicos de seus cidadãos. #dependedetodos #EstamosUnidosVE #Venezuela”.
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E a segunda diz: “Instamos os militares venezuelanos a respeitarem o direito de seus cidadãos de protestarem pacificamente enquanto se fazem ouvir neste fim de semana. O Comando Sul está monitorando de perto a situação na Venezuela.”
Hacemos un llamado a los militares venezolanos para que cumplan con lo establecido en su constitución y protejan los derechos básicos de sus ciudadanos. #dependedetodos #EstamosUnidosVE #Venezuela #SOUTHCOM pic.twitter.com/q2tFalNMFZ
— U.S. Southern Command (@Southcom) November 15, 2019
Por sua vez, o ministro da Defesa do regime de Maduro, Vladimir Padrino López, respondeu usando sua conta no Twitter ambas as mensagens do Comando Sul.
Quanto ao primeiro tuíte, ele disse: “Correto! Esse tem sido o nosso principal desejo, uma vez que é a tarefa que nos foi atribuída constitucionalmente. O protesto pacífico é contemplado em nossa Magna Carta e é respeitado neste país, que vive em plena democracia, onde a soberania popular também é respeitada.”
Enquanto na segunda resposta, ele acusou o «imperialismo» americano de desestabilizador, dizendo que «o mundo é testemunha dos ‘protestos pacíficos’ incentivados pelo imperialismo para desestabilizar os países do mundo, promovendo golpes de Estado contra governos independentes. Com que moral uma instituição militar, acusada de crimes de guerra, se apresenta como monitor da paz?
Juang Guaidó convocou, através das redes sociais, todos os cidadãos da Venezuela e do mundo para protestar neste sábado contra o ditador Nicolás Maduro, sob o lema “Toda Venezuela desperta”.
“Neste sábado, 16 de novembro, nos reuniremos na Venezuela porque há muitas razões para isso. Apesar das ameaças e do medo que a ditadura tenta infundir, conseguimos unificar as lutas e estamos alimentando a esperança e a certeza de um futuro”, diz Guaidó em um vídeo publicado no Twitter em 13 de novembro, chamando todos os venezuelanos a resistir ao regime chavista.
«Para acelerar e elevar a pressão nacional e internacional ao mesmo nível e que o poder das armas deixe de obedecer à ditadura», acrescenta o líder da oposição.
Segundo informações da mídia local, coletivos chavistas, muitos dos quais armados, enfrentarão o apelo de Guaidó por meio de uma ação que eles chamaram de «Grande Marcha Contra o Fascismo e em Defesa da Paz».
La Piedrita, um dos coletivos armados mais temidos, disse através de suas redes sociais: “Companheiros, apelo a todos os coletivos da República Bolivariana da Venezuela para que estejam alerta e unidos. Se a direita se une para derrubar nossa revolução, temos que enfrentá-la e hoje dizemos Pátria ou Morte!”
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