La Paz, 21 out – O presidente da Bolívia, Evo Morales, que tenta o quarto mandato consecutivo, aparece no fim da tarde desta segunda-feira em segundo lugar na apuração dos votos das eleições gerais realizadas ontem no país, pouco atrás do opositor Carlos Mesa.
Caso o panorama assim permaneça até a conclusão da contagem, será a primeira vez que Morales terá que disputar um segundo turno – ele sempre garantiu sua vitória em primeira votação.
Com 53,01% da apuração contabilizada, segundo o boletim divulgado às 17h45 (horário local; 18h45 de Brasília) pelo órgão eleitoral boliviano, Mesa aparecia com 42,51% dos votos, contra 42,46% do atual mandatário. Outras sete candidaturas disputaram o pleito, mas têm baixo percentual de votos.
A apuração é centralizada na capital La Paz, onde o Tribunal Supremo Eleitoral montou um quartel general em um hotel.
Carlos Mesa, da aliança Comunidade Cidadã, convocou seus apoiadores para se manifestarem e monitorarem possível fraudes. Ele denunciou que a corte responsável pelo processo obedece ao interesse do partido Movimento ao Socialismo (MAS), de Evo Morales.
O governo boliviano, por sua vez, pediu tranquilidade enquanto não saem os resultados definitivos e prometeu transparência na apuração.
O chanceler boliviano, Diego Pary, se reuniu com a delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA) que supervisiona o pleito. Os observadores pediram que o órgão eleitoral do país «mantenha informados os cidadãos» sobre os resultados parciais, para evitar suspeitas de manipulação – ontem à noite a divulgação da contagem chegou a ser interrompida quando apontava um segundo turno entre Mesa e Morales.
Para um candidato garantir a eleição em primeiro turno, é preciso conseguir pelo menos 50% dos votos mais um, ou 40% com dez pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.
Morales está no poder desde 2006 e, nas três eleições que disputou, sempre se elegeu em primeiro turno, com 53,72% dos votos em 2005, 64,22% em 2009 e 63,36% em 2014.
Cómo puede usted ayudarnos a seguir informando
¿Por qué necesitamos su ayuda para financiar nuestra cobertura informativa en Estados Unidos y en todo el mundo? Porque somos una organización de noticias independiente, libre de la influencia de cualquier gobierno, corporación o partido político. Desde el día que empezamos, hemos enfrentado presiones para silenciarnos, sobre todo del Partido Comunista Chino. Pero no nos doblegaremos. Dependemos de su generosa contribución para seguir ejerciendo un periodismo tradicional. Juntos, podemos seguir difundiendo la verdad.