Fernández celebra que Bolsonaro deseje uma «ligação pragmática» com seu país

Por EFE
28 de noviembre de 2019 3:30 PM Actualizado: 28 de noviembre de 2019 3:30 PM

Buenos Aires, 28 nov – O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, comemorou nesta quinta-feira que o presidente Jair Bolsonaro, com quem teve várias diferenças nos últimos meses, afirmou estar comprometido em ter um «relacionamento pragmático» com seu país.

«Vi com alegria que o presidente do Brasil propôs ter uma relação pragmática com o Mercosul. É o que devemos fazer. Porque o Mercosul vai superar Bolsonaro e Alberto Fernández», disse o peronista, que assumirá a presidência no dia 10 de dezembro, durante a conferência anual da União Industrial Argentina (UIA), em Buenos Aires.

Ontem, em Manaus, Bolsonaro se referiu a algumas palavras de seu filho Eduardo, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, que na semana passada disse que o Brasil e a Argentina deveriam ter um relacionamento pragmático.

«Eduardo não é meu porta-voz. Mas neste assunto ele está certo: teremos um relacionamento pragmático com a Argentina», disse Bolsonaro, respondendo uma pergunta do jornal argentino «Clarín».

Para Fernández, o Mercosul é a «união definitiva» dos quatro países-membros, mas também com parceiros como Bolívia e Chile «para construir um mercado comum que permita enfrentar o desafio da globalização com outra força».

«Vamos aprofundar o acordo com o Mercosul. O fato do Mercosul, na conjuntura, tem presidentes que pensam diferentemente, não me faz perder de vista a importância do Mercosul. Nenhuma disputa pessoal que eu possa ter me fará colocar a Argentina no lugar errado», afirmou.

A relação entre o novo mandatário argentino – que tem Cristina Kirchner como vice – com presidente do Brasil, país que é o principal parceiro comercial da Argentina, não começou com o pé direito.

Bolsonaro, que apoiou a reeleição de Mauricio Macri nas eleições do dia 27 de outubro, disse após a vitória de Fernandez que não o parabenizaria e que com a mudança no poder, a Argentina deveria se «preparar para o pior», considerando que Fernández seguirá o mesmo caminho populista que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Alberto Fernández em inúmeras ocasiões tornou público sua opinião de que a sentença de Lula, que ficou 19 meses preso na Polícia Federal de Curitiba, era injusta. O peronista chegou a chamar Bolsonaro de «misógino e violento», embora mais tarde tenha preferido diminuir as críticas pessoais ao presidente brasileiro.

Também em entrevista ao «Clarín», Bolsonaro garantiu que existe uma boa relação comercial com a Argentina, mas que dependerá apenas de Alberto Fernández para que continue desta forma.

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